IPCA subiu 0,79% em Campo Grande pressionado pelas altas da gasolina e energia elétrica e nisso a habitação (gás, água, luz) foi a responsável pelos maiores gastos da população.
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Com variação de 0,13 ponto percentual acima da taxa de junho (0,66%), o IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ) de julho em Campo Grande ficou em 0,79%. A nova alta em um mês afetou principalmente os setores de habitação e alimentos.
De acordo com informativo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somente neste ano, o índice acumula alta de 5,41% e, em 12 meses, de 11,43%, acima dos 11,38% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
No Brasil, o IPCA foi de 0,96% em julho. Essa é a maior variação para um mês de julho para o Brasil desde 2002, quando o índice foi de 1,19%. No ano, o IPCA nacional acumula alta de 4,76% e, nos últimos 12 meses, de 8,99%, acima dos 8,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Habitação e Alimentos
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, sete tiveram alta de preços em julho. Os maiores impactos vieram dos grupos Habitação que subiu 1,87% e alimentação e bebidas,que teve alta de 1,32%.
Em Alimentação e bebidas (1,32%), a alimentação no domicílio passou de 0,91% em junho para 1,32% em julho, principalmente por conta das altas do tomate (7,81%), das frutas (4,73%), das carnes (2,64%) e do frango em pedaços (2,22%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-25,09%), cebola (-22,66%) e o arroz (-0,34%).
A alimentação fora do domicílio (1,09%) acelerou em relação a junho (0,04%), principalmente por conta do lanche (2,14%). Por outro lado, houve desaceleração da refeição (0,21%), cujo preço havia subido 0,51% no mês anterior.
Gás, Luz, Água e Esgoto
O resultado de Habitação (1,87%) foi influenciado pela alta da energia elétrica (3,85%), que acelerou em relação ao mês anterior (2,68%). A bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de junho e julho. Contudo, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional dessa bandeira tarifária, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada
100 kWh consumidos. Antes, o acréscimo era de R$ 6,243.
Ainda em Habitação, o preço do gás de botijão (4,06%) também subiu. Os subitens mudança (2,66%) e condomínio (1,71%) aceleraram em relação ao mês anterior, cujos números haviam sido de 1,80% e -0,11%, respectivamente.
Destaca-se também a variação da taxa de água e esgoto (0,27%), por conta dos reajustes de 1,62% em Campo Grande, ocorrido em 24 de julho. A maior alta veio do subitem tinta, com 5,31%, e a maior queda veio do aluguel residencial, com -1,17%.
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