Categoria disse que deu voto de confiança, mas não descarta nova paralisação

Com parte dos salários pagos, médicos decidem encerrar greve na Santa Casa
Hospital irá pagar salários de forma parcelada / Foto: Valdenir Rezende / Arquivo / Correio do Estado

Médicos da Santa Casa decidiram encerrar a paralisação dos atendimentos, após receberem parte dos salários atrasados. O encerramento da greve, iniciada na segunda-feira (17), foi definido em Assembleia realizada ontem pelos profissionais. 

Presidente da Associação dos Médicos da Santa Casa de Campo Grande (Amesc/CG), Alex Cunha Alonso, disse ao Correio do Estado que os salários foram pagos de forma irregular, mas a categoria decidiu dar um voto de confiança para o hospital, suspendendo a paralisação.

"Temos assembleias permanentes e e foi decidido parar a greve, mas se houver novo atraso [nos salário] não está descartada nova paralisação", disse Alex Cunha.

Médicos celetistas, autônomos e pessoas jurídica que prestam serviços à Santa Casa entraram em greve. Alguns profissionais estavam sem receber há pelo menos cinco meses, enquanto outros tiveram os salários parcelados, mas não receberam valores integrais.

Conforme a Amesccg, os salários dos celetistas, que estava em atraso apenas o referente a novembro, foi pago integralmente, enquanto as demais categorias receberam parte do valor e o hospital informou que será feito o pagamento parcelado. 

Além dos vencimentos, também foi depósito de somente 60% do 13º salário dos celetistas e informação é de que o restante da gratificação natalina será pago posteriormente.

Por lei, a primeira parcela do 13º deve ser paga até o dia 30 de novembro, e a segunda parcela, até o dia 20 de dezembro. A empresa que não agir de acordo com o prazo, previsto na legislação, pagando a gratificação em atraso ou não efetuando o pagamento, será penalizada com uma multa administrativa no valor de R$ 170,16 por empregado contratado, a ser imposta pela fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho.

Por conta do problema,  Justiça do Trabalho bloqueou R$2.692.942,87 de uma das contas do hospital. Informação apurada pelo Correio do Estado aponta que o pagamento dos profissionais foi efetuado com quantia que a Santa Casa já tinha disponível e não foi necessário utilizar o recurso depositado as pressas pela prefeitura.