Número de atendimentos diários nas UPAs e nos CRSs saltou de uma média de 2 mil para 4 atendimentos por dia.
Campo Grande enfrenta um surto de doenças diarreicas, com um aumento drástico no número de atendimentos nas unidades de saúde. Dados recentes da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) revelam que o número de atendimentos nas unidades de urgência e emergência da cidade dobrou nas últimas duas semanas na Capital.
De acordo com o levantamento feito nesta quinta-feira (29), o número de atendimentos diários nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e nos CRSs (Centro Regional de Saúde) saltou de uma média de 2 mil atendimentos para 4 atendimentos por dia desde o dia 21 de agosto. A maioria dos pacientes é de adultos com sintomas gastrointestinais como diarreia, vômito e dor no estômago.
Entre os dias 18 e 24 de agosto, na semana epidemiológica 34, o crescimento dos atendimentos aumentaram 110% em relação ao ano anterior. Os atendimentos passaram de 1.401 casos em 2023 para 2.998 casos em 2024.
O dia 29 de agosto foi especialmente crítico, conforme a Sesau, com as UPAs registrando 4.038 atendimentos, dos quais 2.898 eram relacionados a doenças diarreicas agudas, sem sintomas respiratórios. A maioria dos casos, cerca de 2.320, envolveu adultos, enquanto 578 casos foram diagnosticados em crianças.
Ainda conforme a Sesau, o monitoramento semanal das doenças diarreicas agudas (MMDA) mostra um aumento de 30% nos casos desde o início do ano até o dia 24 de agosto de 2024, comparado ao mesmo período de 2023. O número de casos subiu de 47.583 em 2023 para 62.533 em 2024.
A Secretaria de Saúde ressalta que faz semanalmente o acompanhamento e o monitoramento das doenças diarreicas agudas, onde todos os serviços de saúde públicos e privados informam o número de casos registrados com sintomas de diarreia com duração de até 14 dias.
A Sesau orienta à população que procure primeiro uma USF (Unidade de Saúde da Família) antes de recorrer a uma UPA ou CRS. Além das consultas agendadas, as USFs também atendem as demandas espontâneas.
"Agindo assim, os pacientes podem evitar que casos de menor gravidade acabem parando nas unidades de emergência e urgência e, desta forma, sobrecarregando o fluxo de atendimento", destaca a instituição.
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