Cão policial movimentou os noticiários assim como fazia na delegacia onde vivia e trabalhava desde filhote.
A aposentadoria "forçada" por motivo de doença deprimiu Victor que depois de fazer um procedimento para retirar tumor, perdeu o movimento das pernas e a vontade de viver. O cão policial da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) morreu aos 12 anos na manhã desta quarta-feira (11) deixando tristeza e saudade para os policiais do distrito.
A notícia se espalhou rapidamente porque Victor movimentava não só a delegacia. Mês passado ele parou nos noticiários de todo o Estado ao precisar de doações para os custos com a cirurgia. Um tumor que apareceu e o tirou da rotina policial. O rottweiler tinha 12 anos e chegou ainda filhote ao pátio da Derf.
Foi no dia a dia que ele aprendeu a ser policial. Ajudava na escolta de presos, era o guardião das salas dos investigadores e escrivães se impondo para cima de quem era desconhecido dentro da delegacia.
Como sempre foi tratado como policial, Victor será enterrado na própria delegacia onde viveu e trabalhou. "Por que será aqui? Porque ele é nosso, é um de nós", diz o titular, Reginaldo Salomão.
Quando a vaquinha começou para ajudar a custear o tratamento, Victor chegou a ser operado, perdeu os movimentos e depois da alta voltou para casa. "Mas como ele necessitava de atendimento especializado, ele foi para uma ONG, onde ele teve uma recaída e parou de se alimentar", detalha Salomão.
Embora Victor tivesse a visita dos policiais todos os dias, o delegado acredita que sair da rotina da delegacia o deprimiu. "Acho até que ele morreu porque saiu de perto da gente", lamenta. As providências legais estão sendo tomadas para que Victor seja enterrado na delegacia.
A conta continua em R$ 4 mil reais com gastos de internação e medicamentos. Quem puder ajudar basta entrar em contato com a delegacia pelo telefone: 3368-6601.
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