O representante da comunidade automobilística de Mato Grosso do Sul, que participa de clubes e da federação estadual, Marcos Borges, destaca que a cobrança para vistoriar os veículos anualmente é abusiva. “Eles fazem, apenas, um exame superficial, amador. Isso deveria custar, no máximo, R$ 30, pois eles não desmontam nada no carro”, ressalta.

A vistoria, que deve ser feita em carros com mais de cinco anos de uso, foi criada no último mês de governo de André Puccinelli e está valendo R$ 103, se feita no DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito); ou R$ 120, se for realizada em empresas particulares, credenciadas pelo poder público.

Marcos diz, ainda, que se esta vistoria fosse feita no DETRAN, ela deveria ser gratuita. “Nós já pagamos taxas e o DETRAN não deveria cobrar para isso. Pelo meu conhecimento sobre o tema, esse valor de R$ 30 serve apenas se a inspeção for feita em empresas particulares”, explica.

Embora ache abusiva a cobrança, Marcos ressalta que a comunidade automobilística estadual é a favor da vistoria anual. “Nossa comunidade é amplamente a favor da vistoria, porém, não concordamos com essa cobrança. Há muitos carros ‘detonados’ circulando pelas ruas. Isso deveria servir para retirar tais veículos”, diz.

Quando informado de que um carro, com freio e amortecedor intencionalmente modificados, passou, sem problemas, por sete vistorias, o dirigente voltou a destacar que a cobrança é abusiva e que deveria ser gratuita. “Eu penso desta forma. E

também acho que as empresas que realizam vistorias deveriam ser responsabilizadas em casso de um eventual acidente”, frisa.

DETRAN

Por sua vez, o Detran foi procurado pela reportagem do Jornal Midiamax para comentar se concorda com a afirmação de que a cobrança é abusiva. Porém, segundo a assessoria de imprensa do órgão, o diretor-presidente, Gerson Claro, estava participando de uma reunião e daria uma resposta ainda nesta quarta-feira (4).