O documento formaliza a parceria entre o Estado, representado pela Secretaria de Cidadania, e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IDS).
A Secretaria de Estado da Cidadania divulgou nesta quarta-feira (4), no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, o extrato do termo de fomento para a perfuração de um poço artesiano na reserva indígena de Dourados. A iniciativa busca tentar solucionar o problema da falta de água nas aldeias Jaguapiru e Bororó, pauta que motivou um bloqueio de quatro dias na MS-156, que liga Dourados a Itaporã, na última semana.
O investimento total será de R$ 490 mil, com vigência de 24 meses a partir da assinatura, que ocorreu nesta terça-feira (3)
Repercussões do bloqueio na MS-156
O bloqueio da rodovia começou na manhã de segunda-feira (25) e se estendeu até a tarde de quinta-feira (28), quando lideranças indígenas aceitaram encerrar o protesto após reunião com representantes do Governo do Estado, Polícia Militar, OAB, e demais entidades.
Durante o encontro, foi acordada a perfuração de poços artesianos para atender as comunidades locais.
Antes da desobstrução, na quarta-feira (27), a tropa de choque da Polícia Militar foi acionada pelo Estado para desocupar a rodovia. A operação, porém, gerou tumulto e resistência por parte dos manifestantes, que permaneceram no local até que as negociações fossem concluídas.
Declarações do governador Eduardo Riedel
Na noite de terça-feira (3), durante a posse do novo presidente do Sindicato Rural de Dourados, Gino Ferreira, o governador Eduardo Riedel esteve no município e comentou sobre os desdobramentos do episódio em coletiva de imprensa.
Ele enfatizou que o fechamento da rodovia chegou a um ponto crítico, levando o Estado a recorrer à última instância para desobstruí-la.
“Após três dias de rodovia trancada, foi necessário recorrer a uma ação que não é boa para ninguém, mas precisávamos garantir a ordem no Estado”, afirmou.
O governador destacou que, apesar de a responsabilidade pelo abastecimento de água em territórios indígenas ser da União, o Estado está comprometido em buscar soluções.
“É uma responsabilidade do Governo Federal, mas eu não fico apontando o dedo, eu vou buscar soluções e resolver. Assim como está sendo feito em outras oito aldeias com a parceria da Itaipu e do Governo do Estado, aqui em Dourados não será diferente. Estamos trabalhando para resolver essa questão que tanto afeta a comunidade indígena”, concluiu.
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