Uma resolução publicada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabelece que, a partir de 2022, os veículos deverão sair de fábrica com o ESC, sigla em inglês para controle eletrônico de estabilidade.
Mas já a contar de 2020 os projetos novos desenvolvidos pelas fabricantes deverão conter o ESC. A medida também valerá para carros importados e pode ser antecipada pela indústria automotiva.
O sistema é considerado uma das inovações mais importantes em segurança veicular. Ele age corrigir a trajetória do veículo em situações de risco, como curvas fechadas e pista escorregadia, impedindo que o motorista perca o controle do carro.
A norma segue uma recomendação da ONU (Organização das Nações Unidas) e destaca o compromisso do Brasil com o Plano da Década de Ações para Segurança Viária, iniciada em 2010, que tem a meta de reduzir pela metade o número de mortos em acidentes de trânsito no mundo, até 2020.
Conforme o texto, o sistema deverá ser implantado em veículos para o transporte de passageiros que não tenham mais de oito assentos e também em caminhões de até 3,5 toneladas.
Dados do Global NCAP (Programa Global de Avaliação de Carros Novos) apontam que, no mundo, 63% dos veículos já têm a tecnologia, enquanto no Brasil o sistema está implantado apenas em 9% da frota.
Estudos indicam que, desde 1995, pelo menos 188,5 mil acidentes com ferimentos foram evitados e mais de 6,1 mil vidas foram salvas na Europa, onde a tecnologia já é obrigatória.
Para se ter uma ideia, hoje 88% dos veículos europeus possuem o controle eletrônico de estabilidade. Na América do Norte, o índice chega a 96%.
A partir de 2016, o Latin NCAP (Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina), que testa a segurança dos modelos comercializados nesta região do mundo, somente dará a avaliação máxima – cinco estrelas – para os modelos que tiverem o ESC.
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