A COP28 é vista como uma prévia para a COP30, que ocorrerá no estado do Pará em 2025.

COP30 será oportunidade de mostrar sustentabilidade do Brasil ao mundo
Carlos Sanquetta, especialista em mudanças climáticas e mercado de carbono, discutiu as expectativas para a conferência. / Foto: Clara Medeiros/Arquivo/Dourados News

O Brasil enfrenta a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) com uma abordagem ambiciosa e vê o evento como um laboratório para o enfrentamento das mudanças climáticas. Além disso, a COP28 é vista como uma prévia para a COP30, que ocorrerá no estado do Pará em 2025.

Dentre as contribuições brasileiras para mitigar as mudanças climáticas, destacam-se as boas práticas adotadas na agricultura e pecuária. Em um ano marcado por eventos climáticos extremos em todo o mundo, o Brasil busca compartilhar suas experiências na conferência.

A COP28 ganha importância ao estabelecer novas metas e tratados, considerando que acordos anteriores, como o de Paris em 2015, não foram plenamente cumpridos. Em 2023, o mundo registrou pela primeira vez um dia com temperatura média global 2 graus acima da era pré-industrial, ultrapassando a meta estabelecida anteriormente de 1,5 grau.


Representantes de mais de 190 países se reúnem na COP28 para debater medidas cruciais no enfrentamento global do aquecimento e das mudanças climáticas. Carlos Sanquetta, especialista em mudanças climáticas e mercado de carbono, discutiu as expectativas para a conferência, destacando desafios como a guerra entre o mundo dos fósseis e a busca por avanços na redução desses combustíveis.

Sanquetta abordou questões críticas, como o financiamento climático prometido pelos países desenvolvidos, mas ainda não cumprido, e a necessidade de avanços nas energias verdes. Ele previu progressos graduais, reconhecendo a sensibilidade do momento, incluindo a crise energética em curso.

A COP28 apresentará um balanço global das emissões e ações realizadas pelos países, proporcionando uma visão dos primeiros resultados do enfrentamento climático. Sanquetta expressou otimismo, mas ressaltou que a transição energética será gradual, não rápida, e que a conferência marcará um passo nesse processo, mas não uma solução imediata.