Era o duelo do tricampeão contra o time de passado difícil e quebras recentes de traumas na Copa Libertadores. Mas, quando a bola rolou, foi o clássico de um time só no Itaquerão na noite desta quarta-feira.
O Corinthians se impôs como um time com pedigree internacional, que de fato é, e dominou o São Paulo do início ao fim para vencer o primeiro clássico entre as duas equipes na história da Libertadores. Por 2 a 0, gols de Elias e Jadson, e direito a olé da torcida nos acréscimos. O segundo, porém, com falta não marcada de Emerson sobre o são-paulino Bruno.
Com recorde de público e renda do Itaquerão, prevaleceu a melhor estratégia de Tite e a trajetória recente do Corinthians, seja em clássicos com o São Paulo ou mesmo nos primeiros duelos de 2015. Antes da partida, o treinador corintiano admitia que iniciar a temporada com pressão era positivo. E o time de Muricy Ramalho, morno, ainda parece recém saído da pré-temporada.
Fases do jogo:
Impulsionado pela torcida, o Corinthians foi quem começou melhor na partida. E bem melhor, principalmente na intensidade e na movimentação dos meio-campistas. Assim, depois de Fábio Santos desperdiçar oportunidade com meta aberta aos 3min e a equipe da casa ficar em cima, o gol era uma possibilidade clara e aconteceu. Aos 11min, Jadson enxergou o deslocamento de Elias e acertou lançamento preciso para a finalização de primeira.
O gol não mudou o panorama da partida e o Corinthians dominava principalmente pelo lado esquerdo do ataque, com Fábio Santos e Emerson. Gil, por pouco, não ampliou o marcador na sequência, e o São Paulo só começou a jogar aos 25min. Mas, muito mais por recuo corintiano que por uma melhora na equipe. Ao fim do primeiro tempo, o time de Muricy Ramalho não tinha uma oportunidade de gol criada.
Sem substituições no intervalo, o São Paulo voltou para o jogo da mesma maneira. Mas o Corinthians, que antes ocupava o campo de ataque, preferiu recuar para controlar o jogo e avançar em velocidade. Mesmo com outra estratégia, a equipe de Tite continuava mais perigosa. No melhor avanço, Jadson chutou de fora da área, próximo ao travessão.
Apesar de mudanças de Muricy, com Reinaldo na lateral, a força dos mandantes seguiria. E, com 23min, o lance que consolidou a vitória. Com uma dose de polêmica, inclusive. Emerson cometeu falta no lateral Bruno, mas o árbitro Ricardo Marques Ribeiro mandou seguir. Sheik avançou em velocidade e viu a passagem de Jadson, que aplicou drible bonito em Reinaldo e tocou por baixo de Rogério Ceni. Foi a pá de cal no clássico.
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