A capacidade de renovação é fundamental na campanha que colocou o Corinthians novamente na liderança do Campeonato Brasileiro. A vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, domingo, no Beira-Rio, levou o Timão à ponta isolada da tabela pela primeira vez desde o título brasileiro de 2015, há oito meses.
Antes, o Corinthians chegou a dividir liderança com Internacional e Grêmio na sexta rodada – ganhava nos critérios de desempate, mas tinha o mesmo número de pontos.
Do título à ponta, o clube perdeu nada menos do que 16 profissionais entre jogadores, comissão técnica e diretoria. E, mesmo assim, tem conseguido se refazer rapidamente das baixas. A última delas foi a do analista de desempenho Raony Thadeu, que fazia parte do CIFUT e foi trabalhar no rival São Paulo.
Do elenco saíram Felipe, Gil, Ralf, Jadson, Renato Augusto, Malcom e Vagner Love, além dos reservas Edílson e Edu Dracena. A comissão técnica perdeu o técnico Tite, os auxiliares Matheus Bachi e Cléber Xavier, o fisioterapeuta Bruno Mazziotti e o preparador físico Fábio Mahseredjian. A diretoria não conta mais com o gerente de futebol Edu Gaspar.
A lista tem apenas os nomes que participaram do título do ano passado. Quem chegou depois disso e já saiu não conta. O clube atribui o sucesso na reformulação à estrutura de profissionais montada há anos – tanto que algumas das peças de reposição foram encontradas dentro do próprio Corinthians.
– O trabalho aqui é bem avaliado. Isso diferencia o Corinthians de outros clubes. A preocupação é em avaliar o trabalho, o que está sendo feito, e não outras coisas, redes sociais, coisas assim. Por isso o Corinthians tem essa solidez. Sossegado, tranquilo, isso não existe. Mas aqui é um clube muito mais sólido, mais preparado – afirmou o técnico Cristóvão Borges, há pouco mais de um mês no cargo que pertencia a Tite.
No elenco, as maiores contratações foram realizadas no início do ano – Giovanni Augusto, Balbuena, Guilherme, Marlone, etc. Apenas Marquinhos Gabriel chegou há menos tempo. Mesmo sem reforços significativos na recente janela de transferências, o time manteve um padrão de jogo e, com organização, conquistou vitórias importantes sem necessariamente jogar um futebol vistoso.
Do lado de fora do campo, a ideia também foi mudar o mínimo possível. De novos, apenas Cristóvão e seu auxiliar, Cassiano de Jesus. Alessandro Nunes, capitão nos títulos da Libertadores e do Mundial, em 2012, e há dois anos como coordenador técnico, substituiu Edu Gaspar na gerência de futebol. Fábio Mahseridjian deu lugar a Fabrício Ramos do Prado, que era seu auxiliar. Bruno Mazziotti também não teve substituto contratado para a fisioterapia.
O número de baixas poderia ter sido ainda maior se as negociações de Cássio e Elias, no começo do ano, tivessem se concretizado. Fora das quatro linhas, o preparador de goleiros Mauri Lima foi outro que teve a saída cogitada, mas para a seleção brasileira.
Com 33 pontos na tabela, o Corinthians inicia a defesa de sua liderança na quarta-feira, contra o Atlético-PR, às 21h45 (horário de Brasília), na Arena da Baixada.
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