Os Correios enfrentaram um déficit histórico de R$ 424 milhões em janeiro de 2025.
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Os Correios enfrentaram um déficit histórico de R$ 424 milhões em janeiro de 2025, o maior prejuízo já registrado para esse mês. Segundo um relatório interno obtido pelo portal Poder360, a estatal arrecadou R$ 1,4 bilhão, enquanto as despesas atingiram R$ 1,9 bilhão, agravando a situação financeira da empresa.
Desde que Fabiano Silva dos Santos assumiu a presidência da estatal, os gastos aumentaram de forma contínua. Em 2024, o déficit foi de R$ 3,2 bilhões, e as projeções para 2025 seguem negativas. Apesar da crise, a empresa afirmou que “desconhece” os números, mas não os contestou e prometeu divulgá-los nos próximos meses.
O presidente dos Correios atribui parte da queda na receita à “taxa das blusinhas”, tributo que impactou o comércio eletrônico de importação. Segundo o relatório interno, a receita da estatal caiu 13% em comparação a 2022, enquanto os gastos cresceram 19%.
Para tentar reverter a crise, os Correios elaboraram um plano para equilibrar as contas, com previsão de R$ 2 bilhões em investimentos entre 2023 e 2024. A estratégia inclui modernização operacional, inovação e expansão para novos mercados.
Com o agravamento da crise financeira, cresce a pressão no Senado para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que já conta com assinaturas suficientes. O objetivo da investigação é apurar a gestão da estatal e os prejuízos recordes.
Além disso, o Ministério das Comunicações iniciou um debate sobre a revisão da Lei Postal, de 1978. Uma proposta foi enviada à Casa Civil, sugerindo a criação de um fundo ou taxa para garantir a universalização dos serviços postais no país.
Além do déficit, a empresa também enfrenta questionamentos sobre prejuízos bilionários relacionados à desistência de ações trabalhistas e gastos elevados com benefícios, como o “vale-peru”.
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