Os resultados foram obtidos por meio do estudo da Fiocruz, em parceria com a Universidade da Califórnia e da Escola de Medicina de Londres

 Crianças transmitem menos o coronavírus, aponta estudo da Fiocruz

Pesquisa apontou que crianças possuem mais chances de se infectar com a Covid-19, do que transmitir. Os resultados foram obtidos por meio do estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz ), em parceria com a Universidade da Califórnia e da Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres.

A comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, foi alvo da pesquisa realizada de maio a setembro de 2020. Participaram 667 pessoas, sendo 323 crianças de 0 a 13 anos, 54 adolescentes de 14 a 19 anos e 290 adultos.

Apesar dos dados ainda não terem sido revisados pela comunidade científica, o artigo foi publicado na revista Pediatrics, da Sociedade Americana de Pediatria, disponível ao final da matéria.

A equipe visitou às casas na comunidade das crianças que tiveram resultado positivo para Covid-19, e fizeram testes nos demais moradores. Todas as crianças haviam tido contato com contato com adultos ou adolescentes com sintomas da doença.

Na maior parte dos casos, os adultos desenvolveram anticorpos contra a Covid-19 antes das crianças, o que significa que a criança foi infectada pelo adulto, e não ao contrário.

O estudo defende que as crianças foram infectadas após ou concomitantemente às pessoas que moram no domicílio, principalmente seus pais. 

'Nesta medida, nossos resultados preliminares sugerem que as crianças não parecem ser a fonte de infecção e mais frequentemente adquirem Sars-CoV-2 de adultos, ao invés do que transmiti-lo a eles', diz a publicação.

“Nossas descobertas sugerem que em ambientes como o nosso, escolas e creches podem ser reabertas com segurança se medidas adequadas de mitigação de covid-19 estiverem em vigor e os funcionários devidamente imunizados.'

Mesmo assim, os cientistas ressaltam que os resultados não descartam a importância de incluir crianças no Plano Nacional de Vacinação, que até agora não foram permitidas de receberam o imunizante por não terem participado de testes.

As escolas públicas de Mato Grosso do Sul continuam funcionando através do ensino remoto. 

Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SED), a avaliação tem sido feita mês a mês, e que ainda não se sabe se haverá ensino presencial neste primeiro semestre, já que as aulas serão paralisadas no dia 2 de julho para o recesso escolar do meio do ano. As atividades só serão retomadas no dia 16 do mesmo mês.

As aulas na Rede Estadual de Ensino estão desta forma desde o dia 23 de março de 2020, quando os primeiros casos de Covid-19 foram registrados em Mato Grosso do Sul. 

Este ano, as aulas foram retomadas no dia 1º de março, com um acolhimento feito de forma presencial nas escolas, para que alunos novos e professores se conhecessem.

Uma forma de avaliar em que estágio aquele estudante estava. Depois disso, todas as atividades passadas foram feitas de forma remota.

Na rede privada, muitas alunos já voltaram para o as salas de aula. As instituições aderiram ao formato híbrido de ensino, onde há aulas tanto presenciais quanto on-line. 

O retorno presencial foi autorizado pelo poder público e ficou em cargo de cada escolar decidir junto aos pais, que por meio de um termo de responsabilidade, permitiram e concordaram com o retorno.