Polícia estima foi realizada travessia de pelo menos 200 veículos pela cidade de Corumbá.

Criminosos lucraram mais de R$ 6 milhões com veículos furtados em SP e vendidos na Bolívia
Polícia estima foi realizada travessia de pelo menos 200 veículos pela cidade de Corumbá. / Foto: WhatsApp Image 2022 09 08 at 08.29.49

A organização criminosa, composta por integrantes de São Paulo e Corumbá que alugavam veículos para serem vendidos na Bolívia, chegou a lucrar R$ 6 milhões com a comercialização de ao menos 200 carros. Os valores foram convertidos, por vezes, em cocaína e enviadas para o estado vizinho.

Líder da quadrilha, “Malufinho” foi preso pela Polícia Civil durante a Operação Decepticons II, ele era responsável por cooptar pessoas para alugar veículos com a promessa de receberem uma quantia, entre R$ 2 mil a R$ 4 mil, para trazer o veículo até Corumbá.

Ainda conforme informações policiais, “Malufinho” também era o responsável por receber as quantias referentes as vendas dos veículos.

O esquema tinha suas fases, para que não fosse descoberto. A quadrilha contava com olheiros, batedores e atravessadores, para que os veículos chegassem na Bolívia.

Após a chegada do veículo em Corumbá, este era repassado para os atravessadores, pessoas que conhecem as rotas, chamadas de “cabriteiras”, estrada ilegal às margens da fronteira Brasil - Bolívia.

Estima-se que ao longo do último ano, a organização criminosa tenha lucrado cerca de R$ 6 milhões com a travessia de pelo menos 200 veículos. Os valores foram convertidos, por vezes, em cocaína para o estado de São Paulo.

Início das investigações

A primeira fase da operação consistiu na prisão de um casal em Corumbá, em março deste ano. O fato, investigado pela Seção de Investigações Gerais, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, concluiu que o casal participava de um esquema criminoso envolvendo a travessia de veículos locados, para o país vizinho, a Bolívia.

Agindo como recuperadores de veículos autorizados de empresa de locação, tomavam o veículo dos condutores, levando-o para ser comercializado na Bolívia, prática denominada "arrocho".