Profissional de Saúde sofreu assédio moral e sexual por um ano e seis meses, registrou B.O. e tinha medida protetiva contra o agressor.
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Após denunciar assédio em local de trabalho, uma enfermeira do Hospital da Cassems de Dourados, a 229 km de Campo Grande, foi demitida do cargo sem aviso prévio. A profissional de saúde da linha de frente contra o coronavírus afirma que sofreu violências sexuais e morais por um ano e seis meses.
De acordo com a vítima, de 33 anos que não será identificada, os assédios eram cometidos por outro enfermeiro do hospital. As violências teriam começado em 2019, logo depois da profissional ser contratada, e foram até 2020. Na época, a profissional comunicou a empresa, que abriu procedimento investigativo apenas em junho do ano passado.
As investigações terminaram em outubro de 2020, quando a empresa comprovou que a enfermeira havia sofrido violências sexuais e morais por parte de outro funcionário, de 47 anos. Ao Jornal Midiamax, a profissional lembra que o enfermeiro foi demitido em 16 de outubro e no dia seguinte invadiu a casa dela para tirar satisfações.
Com a voz abalada ao lembrar do acontecido, a mulher disse que estava de plantão no dia e que o assediador deixou memórias de terror nos dois filhos dela. “No outro dia ele invadiu minha casa armado, eu estava de plantão e só estavam meus filhos lá. Ele agrediu minha filha, empurrou ela neste dia”, relembrou.
Medidas protetivas e denúncias formais
Após o ocorrido, a enfermeira entrou com pedido de medida protetiva contra o agressor. A medida foi concedida pelo Poder Judiciário de MS, por meio da Comarca de Dourados. Portanto, foi definido que o enfermeiro seria proibido de se aproximar da vítima, sendo necessária distância mínima de 200 metros entre eles. Além disto, ele não poderia manter nenhum tipo de contato com a mulher.
O que não aconteceu e ela passou mais algum tempo recebendo mensagens do assediador. Mesmo enquanto seguia trabalhando, a enfermeira já havia registrado boletim de ocorrência contra o enfermeiro e por fim decidiu denunciar o caso para a empresa, como já citado na reportagem.
“Quando estava sofrendo até ameaças, juntei provas e testemunhos de colegas para fazer a denúncia. Mas foi a pior coisa que eu fiz”, lamenta. Isto porque no início deste ano, a enfermeira foi demitida do Hospital Cassems.
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