O técnico da seleção da França, Didier Deschamps, disse que considera "inaceitáveis" as acusações de racismo que sofreu por não ter convocado Karim Benzema para a Eurocopa e que pode voltar a chamar o jogador do Real Madrid, mas que esse momento ainda não chegou.
"Escolho os convocados em função do que acho que é bom para a equipe da França. Posso voltar a trabalhar com Karim, mas este não é o melhor momento", afirmou em entrevista publicada nesta sexta pelo jornal "Le Parisien".
Nesta quinta, Deschamps anunciou a lista de jogadores que formarão o grupo da seleção nas próximas duas partidas, no dia 1º de setembro, contra a Itália, e no dia 6, contra Belarus. Questionado sobre quando o nome de Benzema voltará a integrar uma convocação, sua resposta foi "quando eu decidir".
O treinador, no entanto, disse que não está no cargo para avaliar a gravidade dos erros de Benzema e lembrou que, no passado, outros jogadores também fizeram declarações inconvenientes e voltaram à seleção.
"Uma seleção não é 'gosto deste, não gosto daquele'", disse o treinador. "Só conta uma coisa, o bem da equipe", completou o francês campeão mundial em 1998.
Quando soube que não foi convocado para a Eurocopa, Benzema disse que Deschamps havia "cedido à pressão de uma parte racista da França". O ex-jogador francês Eric Cantona foi mais duro na crítica e insinuou que o racismo partia do próprio treinador da seleção.
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