No entendimento do órgão, aceitar o pedido da defesa seria "incentivar a continuidade de delitos desta espécie".
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul foi categórico ao dizer que é contra o pedido de liberdade do estudante de medicina João Vitor Fonseca Vilela, 22 anos, que embriagado, atropelou e matou a corredora Danielle de Oliveira, de 41 anos, no dia 15 de fevereiro, na MS-010, em Campo Grande.
A defesa do estudante entrou com um pedido de liberdade provisória, alegando que não há motivos suficientes para negar a soltura de João, que está preso de maneira preventiva desde o dia 16, quando passou por audiência de custódia.
No documento, inclusive, a defesa do estudante cita que o crime foi culposo, quando não há a intenção de matar.
Para o Ministério Público, que logo no início de sua manifestação, se mostrou contrário ao pedido e a soltura de João Vitor, ainda pontuou que colocá-lo em liberdade nessas condições, "seria dar descrédito à Justiça", além de "incentivar a continuidade de delitos desta espécie".
"A prisão preventiva é necessária ainda, para conveniência da instrução criminal, visando a preservar a prova processual, garantindo a sua realização, conservação e veracidade, afastando a ingerência do requerente, até mesmo porque o inquérito policial ainda está em andamento", diz trecho do documento.
O Ministério Público ainda reforça que o crime levou a morte de uma pessoa e provocou lesões corporais em uma segunda, causadas pela embriaguez do estudante de medicina que estava conduzindo um carro.
"Abala a sensação de segurança indispensável ao cidadão comum, sendo que o fato gerou imensa e pública comoção no meio social, o que por si só justificaria o decreto de sua prisão preventiva para garantia da ordem pública".
O pedido da defesa foi entregue à Justiça na semana passada e a manifestação do MPMS, ocorreu no dia 24 de fevereiro. O pedido será analisado nos próximos dias.
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