Programa de estágio é começo da carreira

Dia do Estagiário: veja áreas com mais vagas em MS e dicas para se sair bem
Imagem Ilustrativa / Foto: Maracaju Speed

Você que está lendo essa matéria no trabalho já deu parabéns ao estagiário? Não, eu não estou te lembrando do aniversário dele, mas é que em 18 de agosto é comemorado o “Dia do Estagiário”. Agora, se está em busca de um estágio ou já conquistou a sua vaga, o Jornal Midiamax conversou com uma especialista sobre as áreas com mais vagas no Estado e dicas para se sair bem no programa de estágio.

Uma das agências do Estado especializada no encaminhamento dos estudantes é o IEL (Instituto Euvaldo Lodi). De acordo com a coordenadora da área de desenvolvimento de carreira, Rosângela Ramos, neste ano, o IEL já encaminhou 3.750 estudantes ao mercado de trabalho. A meta até o fim do ano é de 6.800 estudantes do ensino médio, superior e técnico.

“O programa de estágio é o início da carreira. Serve para ele [estudante] conhecer suas competências e as suas habilidades. Ele vai estar ao lado de pessoas experientes. Vai estar aprendendo e trazendo para dentro da empresa tudo aquilo que está aprendendo dentro de uma instituição de ensino. Para isso, tem que ter um supervisor dentro da empresa que vai passar as orientações para ele”, diz Rosângela.

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Onde estão as vagas?

Administração, Ciências Contábeis, Pedagogia, Ciência da Computação, Educação Física, Engenharia. São algumas das áreas citadas pela coordenadora como as principais.

Quanto ganha?

De R$ 750 a R$ 1,2 mil é uma bolsa-auxílio justa. Rosângela explica que o valor é de referência, podendo ser um pouco menor, em alguns casos de estágio do ensino médio, ou maior, como em estágios das áreas de direito e engenharia. O valor é negociado entre estudante e empresa.

Qual a carga horária?

Até seis horas diárias ou 30 horas semanais.

Quando posso começar?

A partir dos 16 anos.

Na minha área não tem vaga, posso me candidatar em outra?

A especialista não recomenda. O ideal é fazer o estágio dentro da área que o estudante está cursando para que ele possa desenvolver as habilidades que aprende na faculdade.

Nunca trabalhei e não tenho experiência. O que eu faço?

A coordenadora do IEL explica que as empresas estão muito criteriosas para a contratação e a agência também faz um processo seletivo dos candidatos com entrevista.

Capacitação, palestras, cursos de curta duração:

“O IEL tem uma plataforma dentro do site com cursos gratuito. Então, orientamos a fazer esses cursos que é emitido o certificado. É um diferencial para apresentar à empresa. Também participação em palestras, agremiações relacionadas à instituição de ensino. Ele [estudante] mostra toda a sua desenvoltura, pró-atividade, dinamismo através dessa iniciativa dele”.

Trabalho voluntário:

“O trabalho voluntário é muito valorizado pelas empresas e o estudante aprende muito”.

Como se apresentar:

“Na hora que o estudante vem até aqui, fazemos uma conversa prévia de como se comportar na hora da entrevista. O que usar na hora da entrevista. Como se apresentar à empresa: o cabelo, a aparência, o perfume. Pequenas dicas para ele ter um diferencial e já estar um pouquinho mais preparado”.

Escraviário?

Não é difícil encontrar quem viu o estágio virar pesadelo com funções totalmente fora da área que estuda, remuneração abaixo do padrão e até abusos de superiores. Com isso, o estudante não aprende e ainda saí prejudicado no estudo, com cargas horárias exorbitantes. O estagiário que está em uma empresa com o encaminhamento de uma agência de estágio está resguardado e pode colocar a boca no mundo.

“O que agente busca é orientar esse jovem estudante a observar quais as atividades não estão relacionadas ao curso dele. Ele vai observando um dia e outro dia e entra em contato com a gente. Entramos em contato com as empresas, que são nossos clientes, e orientamos novamente a empresa”, diz a coordenadora da área de carreira do IEL.

“Sempre falo para as empresas: o estagiário não é uma mão-de-obra barata. Ele é uma mão de obra essencial para o mercado de trabalho. Temos que orientar esses jovens e auxiliar no autoconhecimento, desenvolvimento futuro e até mesmo para a própria empresa, pois ela pode vir a contratá-lo no futuro”, diz Rosângela.

Quem já passou pela experiência

A ex-estagiária Gabriela Dias diz que o tempo de aprendizado antes de se formar é fundamental para a formação de um bom profissional. Hoje, é ela que supervisiona o trabalho dos estagiários na empresa de contabilidade que trabalha.

“No começo dá medo para a maioria, pois é o primeiro contato com o mercado de trabalho. Mas, aos poucos, o gela vai quebrando e é a oportunidade de mostrar a que veio. O estagiário aprende na empresa, colocando em prática o que está vendo na universidade, aprende com os profissionais, mas também pode ensinar”, diz.