As vítimas estavam infectadas com os vírus das duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
Dois homens foram mortos por coinfecção de dengue e chikungunya em Mato Grosso do Sul, segundo boletim epidemiológico a secretaria estadual de Saúde (SES) divulgado nesta quarta-feira (24). As vítimas estavam infectadas com os vírus das duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
Conforme o boletim, as vítimas tinham 70 e 43 anos. Os homens não tinham nenhuma doença pré-existente, segundo a SES. As mortes foram confirmadas nos municípios de Bela Vista, região de fronteira com o Paraguai, e Dourados.
De acordo com a infectologista Priscila Alexandrino, a dengue pode ter sido mais agressiva aos organismos das vítimas. A médica explicou que a coinfecção pode ter ocorrido de duas formas diferentes.
"As vítimas podem ter sido picadas por um mosquito que tinha os dois vírus ou podem ter sido picados por dois mosquitos, um de cada vírus. As vítimas podem ter sido contaminadas em períodos diferentes. E os sintomas aparecerem em tempos distintos, por causa do período de incubação dos vírus", infectologista Priscila Alexandrino.
Chikungunya e Dengue
Há quatro anos Mato Grosso do Sul não registrava mortes por chikungunya, as últimas vítimas foram em 2018. Conforme o boletim, o estado tem 4.724 casos prováveis, sendo 863 confirmados.
Mesmo ainda no primeiro semestre, 2023 já acumula o maior número de casos de chikungunya em Mato Grosso do Sul da série histórica de registros. Em 2022 foram 608 casos prováveis, neste ano o salto já é de 676%.
Já em relação a dengue, em 2023, 44.377 casos prováveis foram divulgados. Do total, 25.720 pessoas foram confirmadas com a doença em Mato Grosso do Sul. Neste ano, 26 pessoas morreram em decorrência do vírus no estado.
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