É muito ouro! Com Phelps candidato, americanos se aproximam da milésima
Phelps e Estados Unidos no lugar mais alto do pódio: cena pode se repetir em momento emblemático / Foto: Reuters

Lá vai o hino dos Estados Unidos ser tocado de novo. Todo dia é assim. Uma, duas, três, mil vezes. Na parada de sucessos dos Jogos Olímpicos, não há hit maior. E este sábado, muito provavelmente, reserva a milésima vez que o torcedor vai ouvir aquela melodia que já soa familiar aos ouvidos. Com 20 medalhas de ouro na Rio 2016, os americanos chegaram a 996 na história da Olimpíada. Imbatíveis! O dia tem atletismo e natação, os esportes mais dourados. É, dá para apostar que vai sair. E os deuses do Olimpo deixam ainda a expectativa de que saia através do maior deles: Michael Phelps dará as braçadas finais da carreira no revezamento 4 X 100m medley.

O nadador, obviamente, foi quem mais contribuiu para marca impressionante. São 22 medalhas douradas, 22 vezes de hino e bandeira americanos em alta nos parques aquáticos de Atenas, Pequim, Rio e Londres. O pódio dos maiores reserva ainda lugares para lendas: Mark Spitz e Carl Lewis levaram nove ouros. Entre as modalidades, o tiro esportivo é quem vem bem atrás das provas de piscina e pista.

Para se ter uma ideia da predominância dos EUA, o segundo país com mais títulos olímpicos é a extinta União Soviética, com "somente" 395. Alvo do boicote soviético, os Jogos de Los Angeles 1984 têm o recorde de conquistas: 83 medalhas. Em Atenas 1896, na primeira Olimpíada, os americanos foram mal, "apenas" 11. O país é ainda o que mais sediou a competição: St. Louis 1904, Los Angeles 1932 e 1984 e Atlanta 1996. 

No Rio 2016, a natação cumpriu sua missão histórica e já garantiu 14 ouros para os EUA. A ginástica, com a equipe feminina e Simone Biles no individual geral, tem dois, enquanto tiro, judô, ciclismo e atletismo têm um. Neste sábado, nove esportes distribuem medalhas e muitos americanos, naturalmente, pintam como favoritos. No atletismo, serão cinco pódios, e as maiores chances vêm de Jarrion Lawson e Jeff Henderson, no salto em distância. A disputa tem início às 20h53 (de Brasília).

Antes, às 16h22, o time feminino de ciclismo tem boas chances de disputar a final de perseguição. Em Londres, o país foi prata, atrás da Grã-Bretanha. A Lagoa Rodrigo de Freitas, porém, é favorita para ser palco do primeiro ouro do dia, com o oito com feminino, campeão quatro anos atrás. De tarde, Vincent Hancock defende o bicampeonato olímpico no skeet, no tiro, e também se candidata para ter a honraria da milésima. 

Por fim, a natação. Com quatro provas em disputa, os Estados Unidos chegam fortes em três, duas praticamente título garantido: os revezamentos 4 x 100m medley. Já nos 1.500m livre, Connor Jaeger tem a segunda melhor marca entre os finalistas. Ou seja, com dois "ouros certos" e grandes favoritos para outros três, é improvável que a marca histórica fique para domingo. E que toque o hino!