O acidente que causou a morte do cantor Cristiano Araújo e da namorada dele Allana Moraes, na segunda-feira (22), ainda está sob investigação, mas informações preliminares são de que eles estariam sem o cinto de segurança. O caso serviu de alerta aos perigos relacionados à não utilização do cinto. Desde 2013, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) fez 13.984 notificações por conta de passageiros e condutores que não utilizavam o equipamento de segurança nas rodovias federais do Estado.
Conforme os dados da PRF, os passageiros são os que mais se descuidam e esquecem o cinto de segurança. Com relação aos condutores, foram 1.914 notificações (2013), 1.807 (2014) e 1210 (2015). Já os passageiros, foram 4.223 (2013), 2.912 (2014) e 1.918 (2015).
O sistema de estatística da PRF não diferencia os passageiros que estão no banco traseiro dos que estão ao lado do motorista. Mas, de acordo com o inspetor da PRF da Tércio Baggio, o número de pessoas no banco de trás, que não utiliza o cinto é bem maior do que os que estão no banco da frente.
O inspetor diz que os números já foram piores, mas que com o aumento da fiscalização, a expectativa é que no futuro, quem está atrás coloque o cinto automaticamente, como já faz a maioria das pessoas que estão no banco da frente.
“Às vezes a pessoa não usa, o motorista esquece de cobrar e um acidente que não era tão grave, como um capotamento em que o carro não bateu mais em nada, a pessoa que está sem o cinto no banco de trás é arremessada do veículo, agravando algo que seria mais tranquilo”, explica.
Ainda segundo o inspetor, em um veículo a 80 km/h, ao colidir com um objeto fixo, o peso do passageiro, sem o cinto de segurança, é multiplicado em dez vezes. Com o impacto, o banco do motorista pode ser quebrado e até matar o próprio condutor, que estava usando o cinto.
Outro problema apontado pela PRF é a falto do uso do cinto de segurança nos ônibus, onde é mais difícil para o motorista controlar todos os passageiros.
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