Acidentes ocorreram em diversas localidades do Estado, como Bandeirantes, Dourados, Pedro Gomes e Sonora.
Em apenas dois dias, seis pessoas morreram em acidentes de trânsito na BR-163, em Mato Grosso do Sul. São elas: Geicilene Alves de Menezes Maciel, Rodrigo Domingos da Rocha, Meire Lourdes da Rocha, Luzimar Costa da Silva, Maria Eduarda Ruppenthal e o pequeno Miguel Ruppenthal de 10 anos.
Chamada de ‘rodovia da morte’ pelos condutores devido ao grande número de acidentes com fatalidades atribuído a falta de duplicação, a BR-163 liga MS de Norte a Sul e possui grande fluxo de veículos pesados. Por isso, a maioria dos acidentes registrados na rodovia, administrada pela CCR MSVia, envolvem caminhões, carretas e, por vezes, ônibus.
O acidente de trânsito mais recente noticiado pelo Jornal Midiamax na BR-163, ocorreu no distrito de Congonhas, em Bandeirantes, na manhã desta sexta-feira (20), envolvendo um caminhão e um carro de passeio. Desta vez, as vítimas sofreram ferimentos e foram encaminhadas pela CCR MSVia para atendimento médico.
Já o último acidente com vítima fatal ocorreu na tarde dessa quinta (19) na BR-163, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. Geicilene Alves de Menezes Maciel, de 29 anos, conduzia uma motocicleta quando foi atingida por uma caminhonete. Ela havia acabado de sair de um salão de beleza, quando houve o acidente. Geicilene deixou esposo e três filhos.
E no mesmo dia, Rodrigo Domingos da Rocha, de 35 anos, e Meire Lourdes da Rocha, de 65, também morreram após um acidente na mesma rodovia. Desta vez, em Bandeirantes, sentido ao município de São Gabriel do Oeste, quando houve uma batida entre um veículo Saveiro Robust e um Duster Oroch por volta das 9 horas da manhã. O Jornal Midiamax ainda apurou que Meire seria uma servidora aposentada do Estado.
Na quinta-feira (18), um acidente envolvendo um caminhão e uma caminhonete S10, na BR-163, entre Pedro Gomes e Sonora, deixou três pessoas mortas. O trio era da mesma família: mãe e filhos. O incidente ocorreu após o pneu do caminhão estourar e o veículo invadir a pista contrária, colidindo de frente com a caminhonete. Luzimar Costa da Silva, de 40 anos, e seus filhos Maria Eduarda Ruppenthal, de 19 e Miguel Ruppenthal, de 10 anos, não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
‘Rodovia da morte’
Nas redes sociais, ao se depararem com as notícias de acidentes na BR-163, internautas comentam com frequência sobre a situação da rodovia. Segundo os relatos, a BR-163 é chamada de ‘rodovia da morte’ devido ao grande número de acidentes e a falta de duplicação.
“Pois é, cadê a duplicação da BR, só querem cobrar pedágio e nada de segurança para os motoristas. Segurança ZERO!”, comentou um internauta. “Essa rodovia já era para estar duplicada há anos”, completou outro.
Contudo, outros comentários apontam que há imprudência dos motoristas que trafegam pela rodovia. “Muita imprudência. Fiz uma viagem terça e quarta nessa rodovia e os motoristas parecem louco para chegar ao destino. Muitos lamentavelmente não conseguem chegar”, escreveu um motorista.
“E assim seguimos com a rodovia da morte…. Isso que estamos ainda há dias do Natal e Ano Novo… Aqui são duas junções… a imprudência e a falta de uma via duplicada”, pontuou outro internauta.
Pedágio na BR-163 pode chegar a R$ 15 se CCR entregar duplicação no prazo
Os 845 km da BR-163 em Mato Grosso do Sul contam atualmente com nove praças de pedágio implantadas pela CCR MSVia, com valores que variam entre R$ 6,20 e R$ 9,40. Mas o preço pode subir significativamente nos próximos anos e chegar ao teto de R$ 15 por praça.
A boa notícia, ou acalento, é que o reajuste ao máximo só ocorre se a concessionária cumprir com o compromisso de duplicação. Com a repactuação do contrato no TCU (Tribunal de Contas da União), fica estabelecido que o preço do pedágio só aumenta se as obras previstas forem entregues.
“A grande novidade para esse contrato é que o valor de R$15 só vai chegar a ser cobrado se essas obras todas forem entregues. A ANTT vai ter esse papel fundamental de fiscalizar as obras para que, atestou a entrega, sobe um pouquinho, até chegar em R$ 15 no fim do contrato”, afirma diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale.
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