Junto da onda bolsonarista, em 2018, Contar foi eleito como deputado estadual em Mato Grosso do Sul. Porém, nas eleições deste ano, Jair Bolsonaro (PL) não manifestou apoio ao candidato ao governo do PRTB.
O candidato do PRTB ao governo de Mato Grosso Sul, Capitão Contar, afirmou em entrevista ao g1, exibida nesta terça-feira (6), que as escolas cívicos-militares são apostas para a educação e chamou os indígenas de "massa de manobra", quando foi questionado sobre os conflitos entre produtores rurais e povos originários no estado.
Junto da onda bolsonarista, em 2018, Contar foi eleito como deputado estadual em Mato Grosso do Sul. Porém, nas eleições deste ano, Jair Bolsonaro (PL) não manifestou apoio ao candidato ao governo do PRTB. Contar comentou sobre a "devoção" ao atual presidente e a falta de apoio explícito.
"De forma alguma. Não existe falta de reciprocidade. O presidente disse que ia se manter neutro nas eleições em Mato Grosso do Sul. Aqui em Mato Grosso do Sul ele tem apenas uma candidata declarada, que é a Tereza Cristina para o senado", disse Contar em entrevista.
Escolas cívico-militares
Ao ser questionado sobre a educação em Mato Grosso do Sul, Capitão Contar, que tem base extremamente militarista, diz que as apostas e foco serão as escolas cívico-militares. O candidato do PRTB pretende ampliar de 8 para até 32 centros de educação no estilo cívico-militar no estado.
"O custo praticamente zero. A estrutura da escola já existe e os militares já existem. Vamos fazer com que dividam o mesmo espaço. Nós podemos multiplicar esse modelo de escolas cívico-militar. Hoje, se não me engano, temos 8 escolas, queremos ampliar para 16 e até 32. As escolas que estão em locais mais problemáticos podem servir de exemplos emblemáticos, onde a criança passaria seu tempo integral na escola, tendo seu tempo abrigado nas disciplinas. Quando você tem um local assistido pelos militares, não temos a entrada de drogas, deturpação do material escolar e você permite que afaste todas as coisas ruins do ambiente das crianças".
Conflito agrário
A questão fundiária entre indígenas e produtores rurais é pauta em vários planos dos candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul. Ao ser questionado sobre a situação em Mato Grosso do Sul e como solucionará, caso seja eleito, a problemática, Contar chamou os indígenas de "massa de manobra de partidos políticos".
"Nós não podemos mais deixar os indígenas serem massa de manobra de partidos políticos ou militância. Infelizmente os índios são usados como massa de manobra e são estimulados a invadir terras, trancar rodovias. Isso é um atraso para o estado, para o Brasil. Temos que garantir que os direitos sejam mantidos, não só dos indígenas, mas lógico de quem trafega na rodovia e quem tem sua propriedade privada. De forma alguma devemos aceitar qualquer tipo de invasão. O estado tem que ter sua atitude e política para que isso não aconteça. Dando suporte jurídico para que as tropas de segurança pública atuem e também a mão social para acolher os índios para que isso não aconteça".
Entrevista
Capitão Contar é o terceiro candidato ao governo de Mato Grosso do Sul a ter a entrevista publicada na série do g1, que começou neste domingo (4).
A série de entrevistas foi gravada entre os dias 22 e 29 de agosto. As entrevistas serão exibidas na íntegra entre os dias 4 e 11 de setembro. A ordem de exibição foi definida em sorteio com representantes de todos os candidatos.
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