Levantamento mostra também que 36,6% da população estadual está com obesidade.
Sete em cada dez pessoas estão com excesso de peso em Mato Grosso do Sul, é o que aponta levantamento divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). O número representa 69,3% da população estadual, ou seja, 1,9 milhão de habitantes do Estado.
Além disso, o estudo mostra que e 36,6% está com obesidade, que representa pouco mais de 1 milhão de pessoas. Segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2020, o Estado tem 2.839.188 habitantes.
Para o secretario estadual de Saúde, Geraldo Resende, esse alto índice da obesidade tem sido um dos maiores problemas no SUS (Sistema Único de Saúde).
“A elevada prevalência de obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) e também está associada à perda de qualidade de vida em razão da má alimentação. Em contrapartida a desnutrição, decorrente da falta de acesso ao alimento e da má alimentação, também tem causado preocupação”, declarou Resende.
De acordo com estudo do Ministério da Saúde, em 2019, 63% das pessoas atendidas na APS (Atenção Primária a Saúde) no Brasil está com excesso de peso e 28,5% apresentaram obesidade. Estima-se que no país, as mortes prematuras por DCNT corresponda a 74% dos óbitos registrados no país.
Em MS, o cenário atual é de sete em cada dez pessoas com excesso de peso e três com algum grau de obesidade. Para o nutricionista da GEAN (Gerência Estadual de Alimentação e Nutrição) da, Anderson Holsbach, a má alimentação tem impactado diretamente nos problemas relacionados à saúde.
“A má alimentação tem maior impacto negativo na saúde das pessoas, quando comparado ao fumo, álcool, poluição e drogas. Por isso é importante ressaltar programas e políticas que propiciam acesso a uma alimentação saudável, uma vez que as melhorias na alimentação da população poderiam prevenir 1 em cada 5 mortes no mundo”, afirmou Anderson.
Além disso, Holsbach explicou que no ano passado em Mato Grosso do Sul 15,9% das crianças menores de 5 anos atendidas na APS estavam com excesso de peso, entre 5 e nove anos o percentual era de 31,8%.
“Dessas, 7,4% e 15,8%, respectivamente, apresentavam obesidade segundo IMC (Índice de Massa Corporal) para idade. Quanto aos adolescentes 31,9% e 12,0% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente.”, afirmou o nutricionista.
Durante a pandemia, foram enviados pelo governo federal ao Estado R$ 14 milhões para programas de enfrentamento a obesidade. Atualmente, o Estado conta com os seguintes programas: Crescer Saudável, Proteja, PSE (Programa Saúde na Escola) e Academias da Saúde.
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