Rota Bioceânica também esteve na pauta do encontro
Durante visita à Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (22), o embaixador do Brasil no Paraguai, Carlos Alberto Simas Magalhães, foi questionado pelos deputados sobre a situação da fronteira e os esforços do país vizinho para implementação definitiva da Rota Bioceânica.
“A fronteira está bastante desorganizada, com o PCC utilizando o Paraguai como retaguarda. Mas, o Brasil tem colaborado na construção de um sistema de inteligência do Paraguai”, disse o embaixador.
Magalhães destacou que o trabalho das forças de segurança dos dois países tem sido em conjunto, e que o grande desafio é proteger a extensa faixa de fronteira seca.
A visita foi a convite do presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, para tratativas de viabilização do corredor bioceânico, que depende da construção de uma ponte entre a cidade sul-mato-grossense de Porto Murtinho e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta. Longen frisou que é importante avançar nessa discussão, cujo resultado é determinante para o escoamento de grãos e barateamento do frete de produtos industrializados de exportação, oriundos de Mato Grosso do Sul.
Sobre o corredor bioceânico, o embaixador lembrou que ontem, segunda-feira (21), durante reunião em Brasília, o presidente do Paraguai, Horácio Cartes, assegurou recursos para metade da obra, cabendo ao governo brasileiro o restante. A estimativa é um gasto de R$ 65 milhões.
Para o presidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (PMDB), por enquanto ainda não se viu o sonho desse corredor se tornar realidade, já que a ideia nasceu ainda na gestão de Zeca do PT, passando pelo governo de André Puccinelli. Para o peemedebista é necessário empenho de toda classe política para garantir recursos da União no orçamento que está sendo analisado em 2017. O pedido já tramita na Câmara.
Magalhães destacou ainda que além de sinalizar existência de recursos para construção da ponte, o governo paraguaio também registra algumas conquistas econômicas, como o controle da inflação, o que gerou condições de investimentos no país vizinho, citando o exemplo do Porto de Concepcion, que recebeu capital alemão e até o final de 2017 estará apto para receber produtos oriundos de MS.
Além de Mato Grosso do Sul, os Estados de Mato Grosso e Goiás serão beneficiados diretamente com a rota bioceânico. Também participaram do encontro os deputados Zé Teixeira (DEM), Felipe Orro (PSDB), George Takimoto (PDT), Paulo Corrêa (PR), João Grandão (PT), e os peemedebistas Renato Câmara e Eduardo Rocha.
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