A semente de coloração mais escura é apreciada em diversos mercados mundiais e será direcionada ao mercado gourmet.
O principal atrativo da mais nova cultivar de gergelim, desenvolvida pela equipe da Embrapa Algodão (Campina Grande – PB), é a película marrom avermelhada.
A semente de coloração mais escura é apreciada em diversos mercados mundiais e será direcionada ao mercado gourmet.
A BRS Morena deverá atender grandes produtores da região Centro-Oeste, onde a cultura tem se expandido nos últimos anos.
A cultivar deve chegar ao mercado em 2020.
Segundo Nair Arriel, pesquisadora da Embrapa Algodão e responsável pelo desenvolvimento da cultivar, a BRS Morena apresenta alta produtividade de grãos e teor de óleo acima de 50%.
O potencial produtivo é aproximadamente 980 quilos por hectare em regime de sequeiro e 1.800 quilos por hectare em sistema irrigado.
É recomendada para cultivo mecanizado tanto em larga como pequena escala para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Essa é a primeira cultivar de gergelim com proteção concedida no Brasil. A proteção se justifica pela possibilidade de detenção dos direitos exclusivos de exploração frente a uma demanda crescente por sementes de qualidade.
"Há cerca de três anos, ao identificar a expansão da cultura do gergelim para o Centro-Oeste, a equipe de melhoramento genético da Embrapa Algodão iniciou o desenvolvimento da BRS Morena.
A proteção resguarda os direitos da Empresa sobre a cultivar e permite o maior controle sobre as sementes que serão produzidas", explica a pesquisadora Nair Arriel.
Mercado
Apesar de 90% do mercado brasileiro de panificação e óleo adotar sementes de coloração branca, o segmento de consumo gourmet tem interesse por aquelas de coloração mais escura, como a BRS Morena.
"Para alguns segmentos, ela traz um diferencial de sabor. No mercado árabe, por exemplo, eles gostam do tahine feito de sementes mais escuras", conta.
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