Investigação apontou que empresa esfriou cerca de 500 placas em período de 1 ano e meio.

Empresa alvo de operação da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículo) nesta terça-feira (25), a Plaesve Placas Automotivas (CNPJ 01.384.907/0001-64) alterava o QR Code das placas do Mercosul para impedir a identificação pelas autoridades.
“Eles fabricavam uma placa Mercosul visivelmente perfeita. Só que com o QR Code raspado para impossibilitar a leitura e o controle”, explica o delegado Guilherme Sarian, em coletiva nesta tarde. A investigação durou cerca de um 9 meses e identificou cerca de 500 placas frias em um período de 1 ano e meio para veículos roubados ou furtados.
O proprietário da empresa, de 22 anos, foi preso em Santa Catarina. A Polícia Civil ainda não sabe desde quando as fraudes aconteciam, mas a investigação continua, agora em sigilo. Conforme a polícia, o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) não teria conhecimento da prática da empresa.
Operação Placa Fria
A Operação Placa Fria cumpriu seis mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva em Campo Grande e uma em Balneário Camboriú (SC). Houve também a apreensão de documentos e de três veículos adulterados na sede da empresa estampadora.
Além disso, os policiais ainda localizaram 300 quilos de maconha e um carro adulterado com placa falsa na casa de um dos alvos da operação. Na empresa, localizada no Monte Líbano, também funcionava uma garagem de carros.
Eles devem responder por crime de organização criminosa e adulteração de veículo automotor. O Jornal Midiamax entrou em contato em dois números disponibilizados pela empresa alvo de operação, mas até o momento não houve um retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Carros ‘bob’
Durante a coletiva, Sarian fez um alerta a quem compra os conhecidos carros ‘bob’. Mais baratos que o preços de mercado, esses veículos normalmente têm algum tipo de restrição administrativa ou judicial, ou débitos.
“Ela compra sem transferir documentalmente junto ao Detran e com isso ela não faz a vistoria do veículo e não consegue ter certeza de que o veículo ela está comprando é aquele que ela está montando e dirigindo”, diz o delegado.
Conforme Sarian, muitas vezes esses veículos são adulterados e produtos de roubo ou furto. “Às vezes a pessoa é leiga, não consegue visualmente ver que o chassi está adulterado – nem procura ver, na verdade – e compra um veículo baratinho, pagando um preço ínfimo em relação ao preço de mercado, e corre esse risco de estar comprando um veículo produto de crime”, afirma.
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