Engepar pretende concluir obra em novembro
A empresa responsável pela execução do Reviva Centro, na rua 14 de Julho, quer entregar a obra finalizada até 30 de novembro, ou seja, quatro meses antes do que foi firmado em contrato, para não impactar nas vendas natalinas dos comerciantes.
Quatro vereadores de Campo Grande visitaram a obra nesta quinta-feira (18), depois de nove meses do início do Reviva. Eles andaram pela 14 de Julho, desde a Afonso Pena até a 7 de setembro.
Entraram no trecho onde está fechado, da Afonso Pena até a rua Dom Aquino.
O presidente da Comissão de Obras da Câmara, vereador Ayrton Araújo (PT), visitou pela primeira vez a obra. “Chegando nesse ponto estou vendo a qualidade do trabalho que a empresa implanta. O que demora para concluir são os detalhes, estão nos mínimos detalhes. Campo Grande está de parabéns com essa obra. Os comerciantes estão ganhando muito com isso”.
Sobre os comerciantes que deixaram a região central, o vereador acredita que foi independente da obra. “A gente vem observando na 14 de Julho as lojas saíram daqui e foram para os bairros, independente da obra. Isso já vinha acontecendo, acredito que depois da obra pronta, eles vão voltar”.
O secretário Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, disse que o planejamento é para finalizar o Reviva até novembro. “Queremos entregar a obra até o final do ano, a gente está em algumas quadras em acabamento, drenagem e esgoto terminaram, agora falta a parte elétrica e acabamento. O prazo inicial para entrega da obra é de 22 meses, começou em maio de 2018, então iria para março de 2020 e a gente quer antecipar para entregar esse ano ainda”.
Segundo Fiorese, a obra está dentro do cronograma e está sendo antecipado algumas metas para conseguir entregar até no final do ano. “Têm trabalhos noturnos, não estamos fazendo dois turnos, aquele turno que trabalha a noite toda, porque teríamos problemas com a lei do silêncio, porque tem gente que mora aqui nas imediações. Estamos fazendo turno estendido, alguns serviços ficam até às 22h, de segunda a sexta”.
O sócio-majoritário da Engepar, Carlos Clementino Moreira Filho, comentou sobre o aditivo que a empresa pediu. A obra foi licitada no valor de R$ 49 milhões. O aditivo pode chegar até 25%, superando o valor de R$ 61 milhões, mas isso ainda não foi divulgado e está em análise pela prefeitura.
“Quanto a questão do aditivo, ele é um instrumento de direito do gestor público e de obrigação da empresa, é unilateral. O aditivo é instrumento do contrato de poder do gestor público. A empresa é obrigada a fazer e são problemas que não tem nada a ver com a empresa. São previsões incertas, novos serviços. Por exemplo, eles querem colocar Wifi, isso é encarado como outro serviço, mas tem que fazer agora ou abrir outra licitação. É uma decisão da contratante. Eles são autoridades, estão autorizados a decidir. Cada dia que passa, tem uma nova decisão”.
Clementino não quis dizer o valor do aditivo, pois segundo ele, não diz respeito a empresa. “O valor do aditivo eu não posso dizer, não sou eu o dono. Ele pode ser de 5% até (não disse um valor final). Eu acho que não vai chegar no 25%, nem politicamente seria uma boa nesse momento, mas ele seria preciso”.
Ainda segundo o responsável pela empresa, não se pode parar a obra para esperar o aditivo sair. “Aqui tem que ter decisão rápida. O gestor tem que ter respeito, decisão dele são nossas. Quem cuida do aditivo são pessoas de bem, fortes tecnicamente. Para gente é bom que seja transparência”.
Por fim, deu exemplo da lei 866/93, artigo 65, sobre a legalidade de aditivos. “A legislação diz que o aditivo é uma ferramenta do estado, 25% para obras, 50% para reformas de edificações e equipamentos e acho que aqui tem reformas de equipamentos. Toda esquina tem um mergulho, tem que reformar essa instalação, passar por baixo e soltar para outro lado. Aqui embaixo tem caixa de telefonia, de energia, poço de esgoto, semafórico”.
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