Empresária denuncia golpe de R$ 3 mil ao comprar almofada eletrônica
O site da empresa continua funcionando na internet / Foto: Divulgação

Uma empresária campo-grandense caiu em um golpe que a fez perder R$ 3 mil. Ela diz ter comprado uma almofada eletrônica, cujo nome é Aparelho Bioquântico, que estragou logo em seguidae e, depois disso, a empresa que fez a venda ‘desapareceu’ de Campo Grande, levando o aparelho junto.

A empresa tem página na internet, bem como vídeo publicitário no Youtube, além de ter um endereço físico em Campo Grande, na Vila Gomes. De acordo com Cleonira Amélia de Souza, uma propaganda do produto na televisão chamou sua atenção. Ela fez contato com a empresa, que logo enviou um vendedor.

“Veio um vendedor que atendia pelo nome de Renato. Ele era supereducado. Ligou o aparelho que funcionou perfeitamente. Minhas dores nas pernas e nos pés sumiram, eu quase dormi de tão relaxante que era o aparelho”, conta Cleonira.

A empresária afirma que o efeito do aparelho era tão bom nem se importou com o alto custo falado pelo vendedor. “A almofada custava R$ 2.500, mas o vendedor me disse que, caso eu quisesse uma garantia maior, de quatro anos, eu precisaria desembolsar mais R$ 500”.

O aparelho teria funcionado perfeitamente por cerca de quatro meses, até estragar. “Quando estragou, telefonei para eles e meu marido foi entregar o aparelho para que fosse feito o conserto. O endereço passado para nós foi na Rua São Paulo, 1.978”, conta.

Depois de entregue o aparelho, em 25 de novembro de 2014, os funcionários da empresa começaram a ‘enrolar’ a vítima até sumirem da Capital. “Primeiro eles falaram que o atraso era em virtude das festas de fim de ano. Depois disso me ligaram falando que meu produto seria entregue em tal dia, mas, passada uma semana, voltei a telefonar tanto no telefone fixo quanto no celular do vendedor e constatei que eles haviam sumido”, diz.

O marido da vítima chegou a ir ao local onde a empresa Grupo Saúde Ative Viver Bem atendia em Campo Grande, todavia, não havia mais ninguém no local.

“Eles mudaram daqui. Tenho certeza que foram aplicar o mesmo golpe em outra praça. Ainda não registrei um BO (Boletim de Ocorrência)”, reclama a empresária.

A reportagem do Jornal Midiamax telefonou diversas vezes para os vários números da empresa, mas os telefonemas não foram atendidos.

Em uma consulta na internet, o nome da empresa acusada e sobre a almofada vendida consta no Site Reclameaqui em diversos trechos. Há muito consumidores de diversos Estados do Brasil relatando que foram enganados pela empresa.

Opinião e dicas de prevenção da polícia

De acordo com a delegada Ariane Murad, da Delegacia Especializada em Crimes, Defraudações e Falsificações, em casos parecidos com o sofrido por Cleonira, quando existe uma loja física, os consumidores são mais facilmente enganados pelos bandidos, sendo mais difícil a prevenção.

A delegada ressalta ser importantíssimo o registro de um BO. Somente desta forma a polícia poderá investigar os crimes.

“As pessoas devem, sempre, exigir nota fiscal na qual constem todos os dados da empresa, como o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), por exemplo. Assim, é mais fácil verificar se a empresa existe, de fato. Também é importante exigir um recibo quando um aparelho estraga e é preciso entregá-lo para a assistência técnica”, explica.

A delegada conclui dizendo que é recomendável formalizar uma denúncia no Procon e, principalmente, em qualquer delegacia para que os acusados sejam investigados e presos.