Para algumas empresas em Campo Grande, a energia é uma ferramenta de produção, e isso dificulta qualquer tipo de redução de gastos. Algumas reduziram o consumo, mas a custo final da conta aumentou.
O empresário Fábio Baumgartmer é um consumidor de alta tensão, já que na indústria dele a energia é a base de todo o processo. A câmara fria da empresa tem que ser mantida com temperaturas negativas. Nos meses de verão ele produz por dia 13 toneladas de gelo.
De acordo com o empresário, para evitar gastos, o quadro de funcionários foi reduzido. E mesmo com a produção pela metade, Baumgartmer foi surpreendido com a conta de energia, que veio além do que esperava.
Já em um mercado de bairro, uma grande máquina de climatização deixa o ambiente mais fresco.
A comida precisa ser mantida refrigerada devido à exigência da vigilância sanitária. No mês de março, o consumo de energia foi maior, no mês de abril o mercado economizou 500 KW/ h e ainda assim foi pago de energia R$ 1078 a mais.
Os valores nas contas de um mês para o outro aumentaram. Em março era pago pouco mais de R$ 4 mil e em abril já passa dos R$ 5 mil, isso corresponde mais de 20% de aumento no valor final.
Para o setor industrial, que tem tarifas diferenciadas, o aumento foi grande. A Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) não tem um comparativos dos impactos desse aumento no custo, mas, uma pesquisa acompanha a evolução do reajuste na tarifa que está 50% mais cara.
Dentro dos reajustes, 31,27% do aumento se deu por causa da geração de energia mais cara por conta da seca nas hidrelétricas e do custo de geração nas termoelétricas que usam combustíveis.
O aumento de 15% foi recorrente a aplicação da bandeira vermelha, que cobra R$ 5,50 a cada 100 kw/ h. Além dos 3,64% de aumento previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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