Mato Grosso do Sul conseguiu avançar na educação básica, chegando a superar metas projetadas, ao passo que Campo Grande ficou abaixo da proposta no caso das séries iniciais, conforme os indicadores do Ibed (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) nesta quinta-feira (8).
Os dados revelam que Mato Grosso do Sul é um dos Estados que integra o conjunto de municípios com índices superiores a 90%, mostrando crescimento em 2015 em relação ao levantamento feito em 2013 – o trabalho é realizado a cada dois anos.
Nas séries iniciais do ensino fundamental (até 5ª série), o indicador passou de 5,1 para 5,4, enquanto nas séries finais (de 6ª a 9ª), o índice passou de 3,7 para 4,1. No ensino médio, a evolução foi de 3,4 para 3,5.
O melhor desempenho na rede estadual foi nas chamadas séries iniciais, ou seja, 4º e 5º ano. A meta projetada era de 4,6, ou seja, abaixo dos 5,4 alcançados.
O índice é composto pela combinação de dois outros indicadores, sendo o resultado de uma prova aplicada aos alunos e o fluxo escolar com a trajetória do aluno naquele período. Junto com o Amazonas, o Estado obteve melhores resultados em relação ao Ideb anterior nos indicadores das três faixas de ensino avaliadas.
Durante agenda em Coxim, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), analisou os dados do Ideb. “Soube que o Estado melhorou nos 3 níveis, então isso é um avanço da nossa educação pública, significa que a política que nós defendemos para o setor educacional está dando resultado. Só dois estados melhoraram: Mato Grosso do Sul e Amazonas. Isso para nós é uma conquista, uma conquista a ser comemorada por todos nós. A gente fica contente de ter organizado este setor para ter uma educação de qualidade e eu sou apaixonado por este setor”, destacou.
O tucano voltou a destacar a política salarial implantada atualmente. "Sempre digo Mato Grosso do Sul hoje paga já o melhor salário de professor do Brasil. Isso é bom, eu fico contente com isso. É bom nosso professor estar bem remunerado, estamos com um grande programa de formação continuada, de melhoria das estruturas escolares, merenda, kit escolar”.
A secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta, destacou o avanço dos estudantes. “Conseguimos reduzir a reprovação e abandono e melhorar a aprendizagem”, avaliou a secretária.
No caso da rede municipal, nas séries iniciais do ensino fundamental (até 5ª série), o Ideb de 2015 ficou em 5,4, o mesmo de 2013. A meta para o ano passado era 5,6. Já nas séries finais (de 6ª a 9ª), o município cumpriu a meta, de 5,0.
Alguns dados sobre Campo Grande foram destaques em nível nacional. A revista Veja, por exemplo, publicou gráfico mostrando que a Capital teve o pior resultado na prova de matemática dos alunos do 5º ano.
A Prefeitura de Campo Grande informou que a os profissionais da Semed (Secretaria Municipal de Educação) estavam em reunião durante toda a tarde e não poderiam comentar o assunto.
Escolas públicas - Considerando todas as escolas públicas do País, 75,8% dos municípios alcançaram a meta proposta para 2015. Com índices superiores a 90% aparecem o conjunto de municípios de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Ceará, Acre e Santa Catarina.
Abaixo de 50% estão Amapá, Tocantins, Maranhão, Sergipe e Rio de Janeiro. Como o Distrito Federal é formado por um único município (Brasília) e a meta projeta não foi alcançada, não há informação para ele informação na tabela 4 e gráfico correspondente.
Em 74,3% dos municípios brasileiros, a rede estadual de anos iniciais atingiu a meta proposta para 2015. De um lado vemos Paraná, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Acre com mais de 90% de sua rede estadual, distribuída entre seus municípios, alcançando a meta proposta. No outro extremo, observasse 8 estados com índices iguais ou inferiores a 40%.
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