O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) condenou a Faculdade de Campo Grande (FCG) a pagar R$ 16 mil de indenização a quatro alunas que foram impedidas de colarem grau no curso de Gestão de Recursos Humanos.
O diretor-geral da FCG, Ivan Reatte, afirmou que cumprirá a decisão judicial. “A universidade vai cumprir o que o juiz pedir”, disse Reatte.
Apesar da vitória, a atendente Franciele dos Santos Pereira, de 25 anos, disse ao G1 que não vai aceitar esse valor. “É muito baixo, cada uma vai ganhar R$ 4 mil. Fomos impedidas de colar grau e isso foi constrangedor”, afirmou.
O advogado das vítimas, Marcos Barbosa de Oliveira, explicou que “o valor é razoável porque elas ficaram impedidas de procurar emprego por um tempo e alugaram roupas. Houve danos morais”. Oliveira ainda relatou que recorrerá a justiça novamente para que o valor aumente, de R$ 15 mil a R$ 20 mil.
De acordo com Franciele, ela fez o curso em 2011 e 2012, e no ano seguinte seria realizada a colação de grau, mas por falta de uma atividade em sala de aula, isso não aconteceu.
A atendente contou que uma professora de uma disciplina pediu que os alunos respondessem a um questionário. Mas a nota da atividade não foi incluída na média e as ex-alunas acabaram sendo reprovadas. Segundo Franciele, a instituição alegou que não houve a entrega do material. Franciele ainda disse que a matéria era feita à distância e algumas atividades feitas na faculdade.
No processo do TJ-MS consta depoimento de alunos confirmando a entrega do questionário pelas mulheres.
Franciele e as outras mulheres só colaram grau em setembro de 2013 e com uma turma diferente. Assim, a faculdade teria reconhecido o erro.
“Entregaram a beca para elas e no outro dia teve a colação. Não sabemos se houve erro no lançamento ou se extraviaram a prova que elas fizeram”, explicou o advogado.
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