No entanto, a petroleira PDVSA não teria recebido nada desse crédito supostamente contratado.
Apontado pelo governo venezuelano como líder de um esquema que desviou mais de 4,85 bilhões de dólares (cerca de R$ 25 bilhões), o ex-ministro e ex-presidente da petrolífera PDVSA Rafael Ramírez se comparou ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva nas redes sociais. Ramírez disse estar sendo perguido por Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
O ex-ministro, acusado de "megafraude", se defendeu das acusações pelo Twitter, em uma sequência de postagens em que diz ser inocente e que vem sofrendo ataques em resposta à sua candidatura para presidente. "O madurismo tenta fazer comigo o que a direita fez com Lula: o mesmo roteiro, os mesmos argumentos, mas nada disso vai nos parar! Essa estratégia é chamada de ‘lawfare' e é usada para perseguição política em nossa região", escreveu.
Entenda o caso
No fim de agosto, Rafael Ramírez foi denunciado por Tareck El Aissami, ministro do Petróleo, pela suposta "megafraude". Ramírez era um dos grandes aliados do ex-presidente da Venezuela Hugo Cháves, mas, atualmente, é rival de Nicolás Maduro.
Segundo Tareck, durante a gestão de Ramírez, a PDVSA fez diversas transferências de valores para a administradora Atlantic. Nas investigações, Ramírez justificou as transações como parcelas de um empréstimo que havia sido contratado em fevereiro de 2012. No entanto, a petroleira PDVSA não teria recebido nada desse crédito supostamente contratado.
Ainda de acordo com o atual ministro do Petróleo, o dinheiro cedido pela Atlantic teve como destino os fundos Violet e Vuelca, com sede no Panamá e em São Vicente e Granadinas, países conhecidos como paraísos fiscais.
Desde o início das investigações, diversos ex-diretores da estatal foram presos por esquemas de corrupção, incluindo o ex-presidente de Finanças da PDVSA, Víctor Aular, detido no dia 30 de agosto. Aular é apontado como o responsável por assinar o contrato de empréstimo com a Atlantic.
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