Frederik de Klerk ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1993 por sua participação no fim do apartheid.
Frederik Willem de Klerk, ex-presidente da África do Sul que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1993 por sua participação no fim do apartheid, morreu nesta quinta-feira, 11, aos 85 anos. O político sul-africano governou o país entre 1989 e 1994 e foi o responsável por libertar o ícone da luta contra o apartheid no país, Nelson Mandela, e outros prisioneiros políticos.
"É com grande tristeza que a Fundação FW de Klerk anuncia a morte do ex-presidente FW de Klerk de forma tranquila em sua residência de Fresnaye esta manhã, depois de uma lutar contra o câncer", anunciou a organização em um comunicado. Ele foi o nono, e possivelmente o último, em uma longa linha de presidentes brancos da África do Sul, e desmantelou o sistema de apartheid que ele e seus ancestrais ajudaram a implementar no país.
Membro de uma importante família Afrikaner, de Klerk defendeu veementemente a separação das raças durante sua longa ascensão na hierarquia política sul-africana.
Mas assim que assumiu a presidência, em 1989, surpreendeu sua nação profundamente dividida e o mundo ao reconsiderar sua posição e começar a desmantelar a política racista do apartheid na África do Sul, um passo que rendeu a ele e a Nelson Mandela, a quem libertou da prisão, o Prêmio Nobel da Paz.
Durante 27 anos, Mandela foi prisioneiro do apartheid. No fim dos anos 1980, ele negociou o fim do governo racista com de Klerk. Como presidente, de Klerk anistiou Mandela em 1990. Quatro anos mais tarde, Mandela se tornaria o primeiro presidente democraticamente eleito da África do Sul.
(Com agências internacionais).
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