Exame toxicológico poderia evitar 30 mil mortes no trânsito
/ Foto: Portal do Trânsito

Segundo a ONG Trânsito Amigo, 30 mil vidas poderiam ser poupadas e 200 mil pessoas não seriam feridas com a implementação do exame toxicológico.

O objetivo do exame é verificar se o motorista fez uso de drogas ou substâncias proibidas nos últimos 90 dias antes do teste.

A obrigatoriedade do exame foi prorrogada até 01 de janeiro de 2016 segundo a resolução 529/15 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).

O exame é feito através de pelos e cabelos, ou unhas, sendo de responsabilidade do usuário e o laudo deve ser apresentado ao dar entrada no processo de adição ou renovação da habilitação nas categorias C, D e E.

Pelo exame são identificadas a presença ou ausência de maconha e derivados, cocaína e derivados (incluindo crack e merla), opiáceos (incluindo codeína, morfina e heroína), "ecstasy" (MDMA e MDA), anfetamina e metanfetamina, conhecida popularmente como “rebite”.

Segundo a Ong, nos EUA, a obrigatoriedade do exame começou em 1988. O número de mortes no trânsito no país caiu 65% em 25 anos.

Com a medida, o percentual de motoristas que usava drogas nos EUA foi reduzido em 80% ao longo de 25 anos.

Entenda o cálculo feito pela ONG Trânsito Amigo

Segundo o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), ocorrem 5 mil mortes por mês no trânsito no Brasil, sendo que metade envolve substâncias psicoativas, ou seja, 2.500 mortes por mês.

Como 40% dos acidentes envolvem veículos pesados, acontecem 1.000 mortes por mês envolvendo substâncias psicoativas. Logo, em 20 meses de adiamento da realização dos exames toxicológicos, serão 20 mil mortes.

Para cada morte, há 10 feridos graves, o que acumula 200 mil feridos graves nesses 20 meses de adiamento.

Além disso, há um cálculo da Organização Mundial de Saúde (OMS) que diz que 5% dos feridos em acidentes acabam morrendo, ou seja, mais 10 mil mortes. Em 20 meses de adiamento, 30 mil vidas poderiam ter sido poupadas.