O Facebook pediu desculpas para uma historiadora italiana após "proibir de forma incorreta" uma foto de uma estátua do deus Netuno.
Elisa Barbari tem uma página na rede social, chamada "Histórias, Curiosidades e Visões de Bolonha", na qual promove a cidade. Por isso, queria usar uma foto da escultura.
A obra mostra Netuno, deus romano do mar, nu, segurando um tridente. Ela fica em uma praça que leva seu nome - a Piazza del Nettuno.
Barbari afirmou que a foto foi proibida porque mostrava "conteúdo sexualmente explícito". Chocada com a decisão, ela compartilhou sua indignação com seus seguidores.
"Para o Facebook, aparentemente a foto de nosso gigante mostra muito o corpo ou se concentra em partes do corpo de forma desnecessária. Isso é demais!", afirmou.
"Como uma obra de arte, nossa estátua de Netuno, pode ser vítima da censura?", questionou a historiadora em uma entrevista ao jornal britânico Telegraph.
Depois da polêmica, o Facebook pediu desculpas.
"Nossa equipe analisa milhões de imagens de propaganda toda semana e, em alguns casos, nós proibimos alguns anúncios de forma incorreta. Essa imagem não viola nossa política", informou a rede social em uma declaração.
"Pedimos desculpas pelo erro e já avisamos o anunciante que estamos aprovando a propaganda."
Como publicou jornal britânico The Guardian, a estátua que está no centro da polêmica foi produzida por volta de 1560 pelo escultor Giambologna e está na praça há quase 500 anos.
Outros casos
Não é a primeira vez que a censura do Facebook comete um erro desse tipo.
Em fevereiro de 2016, uma pintura de 1964, de Evelyne Axell, foi proibida pela rede social porque "mostra um excesso de pele ou tem conteúdo sugestivo".
A obra, com fundo colorido, mostrava uma jovem tomando um sorvete.
Em setembro, um usuário da Noruega recebeu instruções da rede social para remover uma das fotos mais importantes do século passado, símbolo do terror na Guerra do Vietnã.
A imagem de 1972, intitulada Terror da Guerra, mostra a menina Kim Phuc, então com nove anos de idade, fugindo dos ataques com napalm.
O editor do jornal norueguês Aftenposten, Espen Egil Hansen, afirmou que a postagem inteira, sobre imagens históricas de guerra, foi retirada - e a conta do jornalista autor da publicação, suspensa.
Na época, Hansen acusou Mark Zuckerberg de "abuso de poder".
O Facebook argumentou que a imagem desrespeitava suas regras relativas à nudez. Mas depois reverteu a decisão e pediu desculpas, acrescentando que reconhecia a importância histórica da foto.
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