Pacientes recorrem às UPAs mesmo em casos simples
A falta de médicos nos postos de saúde ( tanto nas Unidades Básicas de Saúde e quanto nas Unidades Básicas de Saúde da Família) é apontada pela principal causa para a superlotação e demora nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em Campo Grande. Sem estrutura adequada e com poucos profissionais para o atendimento, os pacientes ignoram os postos de saúde e recorrem diretamente às UPAs para atendimentos de baixa complexidade e que não sejam urgentes.
A coordenadora do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Maria Auxiliadora Vilalba Fortunato, afirma que a saída para desafogar a saúde pública é valorizar a atenção básica. “Para desafogar a situação, tem que fortalecer a atenção básica, fazer um trabalho de investir no profissional e na estrutura, para que a população possa olhar com outros olhos. Hoje em dia, o usuário vê como algo que não funciona, o paciente não consegue consulta, não tem equipe para atender”, explica.
O investimento da estrutura física, nos equipamentos e na equipe das unidades básicas de saúde são a saída para dar fim à superlotação das unidades de pronto atendimento, segundo a coordenadora. “A UPA é adequada para casos de emergência, mas as pessoas vão lá por que sabem que serão atendidas. Já nas UBS e UBSF dos bairros, o paciente não consegue atendimento, não tem agenda, tem muitas coisas que precisam melhorar para que o paciente volte a frequentar a unidade básica”, diz.
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