Filhote de capivara entra em quintal de escritório em Campo Grande
Filhote de capivara entra em quintal de escritório em Campo Grande. / Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS

Funcionários de um escritório de advocacia foram surpreendidos por um filhote de capivara na manhã desta segunda-feira (15), no bairro Santa Fé, em Campo Grande. O animal se refugiou no quintal do imóvel por volta das 7h, quando um dos funcionários abriu o portão para entrar com o carro no local.

O local fica próximo ao Parque das Nações Indígenas. A capivara foi capturada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) no fim da manhã e levada para o parque.

A recepcionista Nágela de Oliveira, 30 anos, disse ao G1 que tinha acabado de entrar de carro no quintal quando viu o filhote entrando também. "Vi ela entrando, mas não assustei porque era pequena. Se fosse maior ficaria com medo", relatou.

O filhote se refugiou em um canto do jardim, em meio a plantas, e depois buscou abrigo debaixo do carro de Nágela.

Preocupada com a segurança do animal, a auxiliar administrativa Mariana Zanoni, 28 anos, que também trabalha no escritório, disse que entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que orientou a pedir resgate à PMA.

Em contato com o órgão, Mariana explicou que a primeira orientação que recebeu do atendente foi abrir o portão e deixar o animal sair sozinho, para que ele tentasse voltar ao seu habitat natural. Ela disse que não tomou a atitude por temer que o bicho pudesse ser atropelado.

"Fiquei um pouco surpresa com a orientação, porque se eu não estivesse preocupada com o animal deixaria ele sair, mas fiquei com medo de ser atropelado, porque tem muito movimento de carros por aqui. Por isso, liguei e pedi ajuda para o resgate", explicou.

Quando disse que não seguiria a primeira orientação, o atendente explicou que Mariana teria que aguardar porque a equipe faria o resgate do bicho assim que liberasse a viatura que atendia outro caso.

Orientação
O major da PMA Edemilson Queiroz confirmou ao G1 que a orientação de soltar o animal é correta e prática comum da corporação em locais que ficam próximos ao habitat natural da espécie.

"Quando você remove um animal, provoca uma situação de estresse para ele. Por isso, quando casos assim acontecem perto da vegetação do animal a gente orienta as pessoas a deixar que ele tente voltar sozinho, caso a gente não consiga fazer a captura naquele momento", explicou Queiroz.

Ainda segundo Mariana, esse não foi o primeiro caso de animal silvestre que invade o local. Da outra vez, um gambá também se escondeu no quintal e depois saiu quando o portão foi aberto.