Produção do imunizante começou em julho de 2021 e fundação tem no momento o equivalente a 21 milhões de doses.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a inclusão da vacina contra covid-19 fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo). O parecer favorável foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (7). Com isso, a instituição passa a ser a primeira no país capacitada para produzir e distribuir o imunizante totalmente nacional ao Ministério da Saúde.
O imunizante começou a ser produzido pela Fiocruz ainda em julho do ano passado, após assinatura do contrato para transferência de tecnologia com a parceira AstraZeneca e até o momento o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) tem o equivalente a 21 milhões de doses em IFA nacional, em diferentes etapas de produção e controle de qualidade.
E, de acordo com a Fundação, a previsão é de que as primeiras doses do sejam envasadas ainda em janeiro deste ano e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro, assim que forem concluídos os testes de controle de qualidade que acontecem após o processamento final da vacina.
" Com essa aprovação hoje, conquistamos uma vacina totalmente produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde [SUS] para essa vacina, que vem salvando vidas e contribuindo para a superação dessa difícil fase histórica do Brasil e do mundo", destacou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
Para a aprovação do registro foi avaliada a equivalência do processo produtivo, comprovando que as vacinas possuem a mesma eficácia, segurança e qualidade das processadas com o ingrediente importado, seguido as mesmas etapas de processo produtivo e metodologias analíticas exigidas.
“O deferimento do registro da vacina Covid-19 100% nacional, com o IFA produzido em Bio-Manguinhos, demonstra a nossa capacitação no estabelecimento de um processo produtivo de alta complexidade. Mais do que isso, representa o cumprimento do nosso papel como laboratório oficial do Ministério da Saúde, incorporando tecnologias essenciais para o Brasil e trazendo soluções para a saúde pública”, disse Mauricio Zuma, diretor do Instituto.
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