Focos de dengue explodem e mobilizam agentes de saúde
Agentes combatem larvas da dengue em meio a água parada em tronco de árvore na aavenida Presidente Vargas. / Foto: Cido Costa/Douradosagora

Chuva e calor são fatores determinantes à uma 'explosão' dos casos de dengue em todo país. Por enquanto, Dourados mantém o controle mas recentes casos, inclusive com agravantes, deixam em alerta as autoridades sanitárias que orientam a população a colaborar com a limpeza. Ontem, agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) fizeram uma 'varredura' no centro de Dourados, onde fiscalizaram inclusive troncos ocos de árvores que abrigavam larvas do mosquito. O jornal Douradosagora acompanhou os trabalhos.

Os focos do Aedes aegypti, que faz o transporte do vírus de uma pessoa infectada para outras, proliferam pela cidade. Como tem chovido, as larvas colocadas pelas fêmeas do Aedes, eclodem em contato com a água e, em uma semana, os mosquitinhos estarão prontos para iniciar ciclos de infestação da dengue e, inclusive, da febre chikungunya.

Os ovos do vetor transmissor da dengue estão em toda parte. O 'mosquito de armário' como é conhecido, porque gosta de se esconder dentro dos imóveis - embaixo das mesas, camas - desova em bandeja de geladeira, caco de vidro nos muro, utensílio onde animais bebem e comem, tampa, pneu, piscina e latrina sem manutenção, espelho d´água, caixa d´água destampada, entre outros.

Conforme noticiou ontem o jornal Douradosagora, pelo menos 12 municípios de Mato Grosso do Sul enfrentam hoje epidemia de dengue e outros 13 estão em alerta. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), Iguatemi, Selvíria, Itaquiraí, Sete Quedas, Paranhos, Sonora, São Gabriel do Oeste, Brasilândia, Naviraí, Chapadão do Sul, Eldorado e Três Lagoas estão sob vigilância por conta do alto índice de casos. Na Capital já são 846 notificações, enquanto em Dourados, 63.

O aumento no número de notificações, em relação ao mesmo período do ano passado é alto, passando de 2,9 mil para 4,9 mil. Corumbá e Paranhos registram uma morte cada. A maioria dos casos é provocado pelo sorotipo 1 da dengue.

Já, a febre Chikungunya aparece em 37 casos no Mato Grosso do Sul A virose, assim como a dengue, é transmitida pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti que também carrega e vírus da febre amarela urbana, praticamente extinta.

Segundo já noticiado pelo jornal Douradosagora, a febre chikungunya tem sintomas semelhantes da dengue (febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, enjoo, prostação, apatia e cansaço, entre outros). A proliferação dos vírus acontece nas articulações dos pacientes, no caso da chikungunya vem de forma mais severa, com vermelhidão, inchaço e ardência.

A dengue provoca sintomas que podem durar até três meses. No caso da febre chikungunya, isso pode levar mais de um ano, devido aos impactos sobre os membros superiores e inferiores, obrigando o paciente procurar ajuda, após o período crítico, junto a profissionais da fisioterapia, para recuperar os movimentos normais.

O CCZ orienta que, ao menor sintoma, o paciente deve ser encaminhado a um posto. "O melhor tratamento é na unidade de Saúde, que poderá orientar inclusive pessoas com doenças crônicas e que não podem tomar qualquer medicamento", alerta a coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva.