A massa de ar frio que predomina na região foi fundamental para ajudar nos resultados, conforme a Diretoria de Proteção Ambiental.
Os incêndios que se alastravam pelo Pantanal em Mato Grosso do Sul estão controlados, conforme divulgado pela comunicação do Governo do Estado, nesta quinta-feira (11), mas a situação segue em alerta diante da existência de ‘colunas de fumaça’ e da previsão do calor reaparecer nos próximos dias. A massa de ar frio que predomina na região foi fundamental para ajudar nos resultados, conforme a Diretoria de Proteção Ambiental.
Durante live que destaca a Operação Pantanal 2024, a tenente-coronel Tatiane Inoue, da Diretoria de Proteção Ambiental, disse que as condições climáticas atuais em Mato Grosso do Sul contribuíram para combater às chamas e, que as atividades agora seguem com ênfase nas áreas que possuem colunas de fumaça.
“A massa de ar frio que chegou à MS nesta semana deu uma dinâmica aos combates dos incêndios que estavam se proliferando no bioma pantanal. Mesmo não havendo incêndios no dia de hoje, temos focos de calor, colunas de fumaça e seguimos com foco em atividades de monitoramento e rescaldo”, informou.
Inoue explica ainda que as colunas de fumaça se tratam de áreas ainda quentes e requerem atenção. Outro fator que gera alerta é o retorno do calor.
“Nas colunas de fumaça, existe a queima lenta e precisamos evitar a reignição. A tendência é que nos próximos dias, a temperatura volte a se elevar e podemos ter mais uma vez uma sequência de incêndios”, citou.
Valesca Fernandes, coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima em Mato Grosso do Sul) reforçou sobre a previsão de calor para a região na próxima semana.
“Na próxima semana haverá elevação gradativa da temperatura, a máxima deve atingir 34°C. As condições previstas são favoráveis a risco de incêndios florestais”, aponta.
Conforme o mais recente levantamento do Governo do Estado, a área queimada em MS atingiu 566 mil hectares, até o dia 2 de julho.
O Pantanal de Mato Grosso do Sul tem 9 milhões de hectares, correspondendo a 65% do total da região pantaneira que ainda se estende ao Mato Grosso, Paraguai e à Bolívia. O bioma enfrenta uma das piores estiagens dos últimos 70 anos.
A força tarefa em atuação na Operação Pantanal 2024 envolve bombeiros militares de Mato Grosso do Sul atuam no momento, policiais militares do Governo Estadual, integrantes da Força Nacional, Marinha, Exército e Força Aérea, além de agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e brigadistas do PrevFogo.
A frota empenhada atualmente na Operação Pantanal 2024 conta com 5 aeronaves “Air Tractor”, 7 helicópteros, 1 cargueiro KC390 Millenium, além de 5 caminhões de combate a incêndio, 3 lanchas e 18 caminhonetes (equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual).
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou nesta quarta-feira (10), que a união de esforços impacta positivamente para o Pantanal, e que já se nota o início de uma “estabilização” -relembre aqui-.
Para Silva, a situação de 2024, não deve atingir a mesma dos incêndios em 2020, um dos piores da história.
“Apesar do mês de junho ter apresentado índices maiores do que naquele ano, a expectativa é que isso seja revertido e se consolide em uma área queimada abaixo do total de 3,6 milhões de hectares alcançado há quatro anos”, informou.
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