Até mesmo a presença do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso é esperada.
Governador eleito em Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), vai interromper suas 'miniférias' e seguir para Brasília nesta quarta-feira (9) para reunião com a cúpula tucana convocada pelo presidente nacional da sigla, Bruno Araújo, após perda de musculatura nestas eleições.
Farão parte do encontro os governadores eleitos pela legenda, bancadas e executivas estaduais. Até mesmo a presença do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso é esperada.
Na pauta principal estão três temas a serem tratados: como se posicionarão os governadores eleitos em relação à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), federação dos partidos de centro e o que será levado ao Congresso para angariar apoio.
Nos bastidores a conversa é de que este seria ato para tentar fortificar a sigla que desidratou nos últimos pleitos, tendo em vista que o resultado destas eleições foi o pior de toda a história do PSDB.
A bancada na Câmara dos Deputados, por exemplo, caiu de 29 para 13 integrantes e o comando de São Paulo foi perdido após 28 anos de governo no estado mais rico do Brasil.
Cenário positivo em MS - Mato Grosso do Sul fugiu à regra. Manteve o Executivo com o PSDB após dois mandatos de Reinaldo Azambuja e reelegeu Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e o ex-secretário de Saúde, Geraldo Resende.
Na Assembleia Legislativa não foi diferente. Foram reeleitos Mara Caseiro, Paulo Corrêa, Jamilson Name e Zé Teixeira, estando eles entre os cinco mais bem votados na última eleição, além de eleger Pedro Caravina e Lia Nogueira, tornando o PSDB dono da maior bancada da Casa de Leis na próxima legislatura. Riedel, desta forma, terá maioria absoluta.
Tanto que o governador eleito quer levar a mesma tranquilidade à relação ao Governo Federal. Embora ele tenha apoiado a reeleição do presidente da República Jair Bolsonaro (PL), defende que haja relação civilizada com Lula.
“Nós vamos tratar absolutamente de maneira institucional a relação estado e governo federal em cima dos projetos que nós temos prestado, dessa relação que deve existir entre estado e União, do princípio federativo. Independentemente do meu apoio ao presidente Bolsonaro, o presidente Lula ganhou a eleição e será o presidente do Brasil e assim nós vamos conduzir o nosso mandato”, disse em entrevista à Folha de São Paulo nesta segunda-feira (8).
Sobre a definição de novos rumos da sigla, o novo chefe do Executivo defende que o PSDB encontre e defenda uma linha clara.
“Entendo que é o momento de o partido parar para fazer essa análise. Ele é considerado de direita por uns, de esquerda por outros, e entendo que o partido tem de encontrar o seu discurso e fazer uma avaliação de que rumo vai tomar. No pós-eleição é um movimento natural e essencial para que as lideranças do partido sentem e conversem a respeito disso, até para decidir o seu caminho”, finalizou.
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