Descoberta pode vir através de missões espaciais
Como todos nós sabemos, nosso Universo possui inúmeros mistérios resultantes de sua imensidão, consequentemente, também é confuso.
Com isso, surgem diversas questões perplexas de diferentes escalas. Entretanto, temos algumas respostas, como o Modelo Padrão da física de partículas, que nos ajuda a entender interações subatômicas fundamentais, além da teoria do Big Bang sobre a origem do Universo, que juntos formam uma história cósmica de 13,8 bilhões de anos.
Contudo, ainda é preciso entender muitas coisas como, por exemplo, o que seria a energia escura no mundo e o que seriam os neutrinos, pequenas partículas espectrais que se fecham e aumentam através do cosmos sem qualquer interação com algo?
Apesar de parecerem questões complexas, um único experimento poderia revelar respostas para ambas as questões, isso porque um telescópio da Agência Espacial Europeia (ESA) está configurado para mapear o universo escuro, observando as profundezas do tempo, publica o portal Live Science.
Para que isso aconteça, é necessário realizar observações em escalas enormes, maiores do que as galáxias, ou seja, mais de bilhões de anos-luz, em que o Universo se assemelha a uma brilhante e vasta teia de aranha composta por galáxias.
Esta teia de galáxias forma nós, que são os aglomerados, cidades agitadas de galáxias e gás quente e denso, com enormes e amplos muros formados por milhares de galáxias. Também é conhecida como a teia cósmica, sendo a maior coisa do Universo.
A teia cósmica foi construída lentamente ao longo de bilhões de anos pela força mais fraca na natureza, a gravidade.
Mesmo tendo sido o Universo inicial quase perfeitamente uniforme, havia variações na densidade de um ponto a outro, com alguns lugares do Universo sendo um pouco mais povoado do que a média e outros um pouco menos.
De modo geral, para fazer uma teia cósmica é preciso ter algumas "substâncias" e alguma gravidade. Sendo assim, diferentes tipos de matéria irão se acumular e formar diferentes estruturas, sendo que alguns tipos de matéria podem se emaranhar, ou eliminar o excesso de calor antes de congelar, enquanto outras podem se juntar ao grupo mais próximo.
Ou seja, se mudarmos os ingredientes do Universo, nós obtemos teias cósmicas com aspectos diferentes, onde em um cenário poderia haver um aglomerado mais rico e poucos espaços vazios em comparação com outro cenário, onde os vazios dominariam o cosmos sem aglomerados nenhuns.
O neutrino é um ingrediente especialmente intrigante, tendo sido mencionado como uma partícula espectral.
Ele é tão leve que viaja perto da velocidade da luz, tendo um efeito fantasmagórico no universo. A simples gravidade não consegue fazer seu trabalho e puxar os neutrinos para pequenas bolas compactas. Dessa maneira, se ao Universo forem adicionados muitos neutrinos, galáxias inteiras não seriam capazes de se formar no Universo inicial.
Isso significa que a teia cósmica poderia ser utilizada como um gigante laboratório de física para estudar os neutrinos, examinando a estrutura da teia e separando as suas partes diferentes. O único problema é que os neutrinos não são o único ingrediente do Universo.
O fator mais importante é a presença da energia escura, a misteriosa força que está rompendo o nosso Universo, o que afeta a teia cósmica. Há grande dificuldade em construir grandes estruturas em um Universo que se está expandindo rapidamente.
Em uma recente publicação na revista arXiv, astrônomos explicaram como a missão da ESA ajudaria a desvendar tanto as propriedades do neutrino quanto as da energia escura. Isso porque o satélite Euclid mapeará as localizações de milhões de galáxias, retratando a teia cósmica de forma muito vasta.
Dessa forma, será possível obter respostas sobre a natureza tanto da energia escura como dos neutrinos, bem como suas variações, tamanhos, proporções e outras peculiaridades.
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