De acordo com informações policiais, vizinhos teriam visualizado a situação, após ouvir gritos de socorro da vítima.

Homem é morto ao reagir roubo e enterrado em plantação de algodão; quatro pessoas foram presas
Ação foi desencadeada pelo Garras. / Foto: Divulgação Polícia Civil

Nesta segunda-feira (1), quatro pessoas foram presas por envolvimento em um crime que terminou com a morte de Sidnei Batista, de 50 anos, na sexta-feira (28/6), em Chapadão do Sul.

A ação foi efetuada pela Polícia Civil do Mato Grosso do Sul por intermédio do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).

De acordo com informações policiais, quatro pessoas foram presas, sendo uma mulher (C.S.S), de 22 anos; e um homem (W.R.V.B), de 33 anos; pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver, ou seja, eles são acusados de terem roubado, matado e escondido o corpo de Sidnei Batista.

Além disso, também foram presos uma mulher (L.O.R), de 20 anos; e um homem (M.F.U.S), de 27 anos; pelo crime de receptação. As identidades completas dos autores envolvidos no crime não foram divulgadas pela polícia.

Segundo apurado, um sobrinho da vítima procurou a Delegacia de Polícia de Chapadão do Sul, relatando que, no dia 28, a casa do tio dele teria sido invadida por dois indivíduos encapuzados, que o forçaram a entrar na caminhonete, uma Chevrolet S10, ano/modelo 2012/2013, e em seguida fugiram. 

De acordo com informações policiais, vizinhos teriam visualizado a situação, após ouvir gritos de socorro da vítima.

Diante da gravidade dos fatos e pela possibilidade de se tratar de um sequestro, a delegacia de Chapadão do Sul comunicou ao Garras. Durante as diligências, a equipe recebeu informação de que a caminhonete da vítima teria sido localizada por uma equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar, em frente a uma residência, situada no Bairro Universitário, em Campo Grande.

A partir disso, equipes do Garras, com apoio da perícia papiloscópica da Polícia Civil, fizeram o levantamento das impressões digitais encontradas no veículo, verificando que, na porta do motorista foi identificado um fragmento de impressão digital pertencente a W.R.V.B., morador de Chapadão do Sul. 

Na sequência, foi descoberto que o carro teria sido escondido no Bairro Universitário, pela mulher identificada como L.O.R, de 20 anos, contratada para esconder o carro roubado por R$ 200,00.

O veículo seria comprado por M.F.U.S., de 27 anos, atualmente custodiado no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, pela quantia de R$ 1 mil e 100 g de cocaína. 

Na sede do Garras, L.O.R. e M.F.U.S., relataram que não participaram do roubo do veículo, tampouco tinham conhecimento a respeito do paradeiro da vítima, pois apenas teriam comprado o automóvel roubado de W.R.V.B, morador de Chapadão.

L.O.R. teria encontrado com W.R.V.B. e a mulher dele, identificada como C.S.S., em uma pousada no Bairro Universitário, e os guiou para levar a camionete até o imóvel onde o veículo ficou escondido. Os investigadores seguiram com as buscas e encontraram os autores do latrocínio em um segundo hotel, no Bairro Universitário, onde foram capturados.

Informações apontam que a calça e a camisa de W.R.V.B. estavam com diversas manchas de sangue da vítima. Inclusive, ele e a esposa confessaram a dinâmica do crime, indicando o local onde teriam ocultado o corpo. 

O Garras comunicou à equipe da Delegacia de Polícia de Chapadão do Sul sobre o possível paradeiro da vítima. Em seguida, o corpo de Sidnei foi encontrado enterrado em uma plantação de algodão, em Chapadão do Sul/MS.

Segundo W.R.V.B. durante o roubo, a vítima reagiu e foi amarrada e colocada na caçamba da caminhonete. Os autores teriam dirigido até uma estrada na saída de Chapadão do Sul, sentido Chapadão do Céu-GO, em meio a uma plantação de algodão.

No local, o casal retirou Sidnei da caçamba que, ao tentar reagir, foi morto com um disparo de arma de fogo. Após o assassinato, eles enterraram o corpo e seguiram para Campo Grande a fim de vender e esconder o carro roubado. 

Diante dos fatos, W.R.V.B. e C.S.S foram autuados em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e indiciados por latrocínio, enquanto L.O.R. e M.F.U.S. foram autuados em flagrante pelo crime de receptação, permanecendo custodiados à disposição da Justiça.