Dilma está enfrentando uma batalha para conseguir transferência para Campo Grande; ela trata infecção há 4 meses.
Dilma Mendes de Souza, de 64 anos, internada no Hospital Francisco Ortega, em Nova Alvorada do Sul, está enfrentando uma batalha para conseguir transferência para Campo Grande, a 117 quilômetros de Campo Grande. Com uma infecção grave no pé, ela precisa de uma vaga urgente para amputar o membro.
A filha da Dilma, Valdireia de Souza, conta que tudo começou no fim do mês de abril deste ano, quando a mãe apresentou uma pequena ferida escura no pé. Como Dilma é diabética, assim que surgiu a infecção, eles buscaram tratamento médico no hospital da cidade.
"Começou no dia 27 de abril e no dia em que começou, nós a levamos para o hospital, onde ficou tomando antibiótico. Ela é uma senhora diabética, que já não anda e não enxerga devido à doença. Devido à diabete, ela teve no passado um descolamento de retina e chegou também já a perder alguns dedos do pé. Então, a gente fica atento com qualquer ferida", conta a filha.
No entanto, apesar do tratamento, os medicamentos não teriam surtido efeitos, acredita Valdireia, pois, com o passar dos dias, a infecção foi progredindo e a ferida aumentando. O agravamento chegou a acometer os poucos dedos ainda restantes e a lateral do pé de Dilma, ao ponto da única solução seja a amputação.
"Não dá para entender direito o que aconteceu, mas acreditamos que esse agravamento é, a princípio, coisa da diabete. Logo após surgir a ferida, ela foi piorando, mesmo com os antibióticos, criou uma bolha que depois estourou. O local ficou vermelho, ela precisou ser internada e fizeram a raspagem, mas ainda assim se agravou e o dedão dela apodreceu, mesmo com a diabete controlada. Nosso medo é essa infecção passar para a perna e se espalhar pelo corpo", diz a filha, aflita.
Tendo apenas a amputação como alternativa para o controle da infecção, a equipe médica entrou com um pedido de transferência para Campo Grande. O hospital tenta uma vaga na Capital para que Dilma possa realizar a cirurgia com urgência.
O pedido de vaga foi feito no último sábado (7), porém, até o momento, Dilma continua no aguardo, mesmo após quase uma semana internada. Segundo a família, o hospital em Campo Grande alega falta de vagas.
Enquanto seguem neste impasse, a infecção no pé de Dilma só aumenta, diz família, e a cada dia a mais na espera, a chances da infecção se espalhar ainda mais é cada vez maior.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde), que regula o sistema de vagas e transferências, foi procurada pela reportagem a respeito da demora para o caso urgente e grave de Dilma, porém, até o momento, não obtivemos resposta.
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