O grupo passou por audiência de custódia nesta manhã e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
A idosa de 79 anos, que teve o apartamento invadido por volta das 16h30 de sábado (21), foi amarrada com fios de tomada de relógio e teve a boca amordaçada com meia. O grupo, que veio de São Paulo para cometer o crime, foi identificado e preso horas depois no Aeroporto Internacional de Campo Grande, quando tentava embarcar em voo de volta para a cidade.
O crime aconteceu no Edifício Renoir, na Rua Jintoku Minei, no Bairro Royal Park, na região do Shopping Campo Grande. Segundo o delegado Guilherme Scucuglia Cezar, do Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), os bandidos entraram no prédio se passando por moradores e entraram no apartamento porque a porta estava aberta.
Eles foram identificados como Marcello Gouveia dos Santos, 24 anos, Roberto Alves da Silva Quirino, 20 anos, Rick Barreto de Oliveira, de 18 anos, e Augusto Eleomar Soares de Araújo, de 29 anos. Esse último, conforme a polícia, não teve participação direta no roubo.
Todos têm passagens pela polícia e são especialistas em furto de condomínios de alto padrão. Rick é fichado desde quando tinha 13 anos de idade. Segundo a polícia, o grupo viaja pela capitais do Brasil cometendo furtos. Em audiência de custódia realizada na manhã desta segunda-feira (21), o bando teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Roubo - À polícia, a idosa contou que assistia televisão no quarto, quando foi surpreendida por dois homens dizendo: “deita aí, cala a boca”. Na sequência, os bandidos a amarraram e a deixaram na cama com uma meia na boca. A todo momento, os dois mandavam a vítima calar a boca e não olhar para eles. Usando luvas cirúrgicas, de cor branca, os bandidos reviraram o apartamento por pelo menos 1 hora. Antes de irem embora, eles trancaram a idosa no banheiro e fugiram levando anéis de ouro e relógio.
Depois que os criminosos foram embora, a mulher conseguiu se soltar, saiu do apartamento, pegou o seu carro e foi em busca de ajuda do filho. Durante o caminho, ela avistou uma viatura da polícia e pediu socorro. A equipe policial, então, acionou via rádio outros policiais.
Segundo a vítima, para uma pessoa entrar no prédio precisa ter a digital cadastrada ou ser liberada na portaria com a confirmação do morador. Ela disse que em nenhum momento foi acionada pela recepção.
Investigação - Durante as investigações e com a imagem dos criminosos, que foram flagrados por câmeras de segurança do prédio, o Garras descobriu que o grupo era de São Paulo e durante trocas de informações com a polícia paulista foi apurado que o bando seguia para o aeroporto, onde retornaria para São Paulo.
Conforme o delegado Guilherme, o grupo foi abordado no aeroporto e, de forma violenta, reagiu à prisão, mas foi capturado e preso. Um deles usava documento falso, e tem passagens pela polícia também no Rio de Janeiro. O Garras segue investigando para saber se a quadrilha cometeu mais crimes na cidade.
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