Você trabalha com eventos, seu tio é dentista. Considerá-lo um contato relevante na sua rede de relacionamentos profissionais não parece fazer muito sentido. E se um paciente recorrente dele é o diretor de marketing de uma das principais montadoras do país? Ou ainda, se a esposa desse tio fosse personalstylist de outro executivo de mesma relevância?
Todo mundo conhece gente. Essa é a primeira coisa que se deve ter em mente quando pensamos sobre o papel e a importância da rede de relacionamento de cada um.
Nossa rede de relacionamento começa dentro de casa. Pais, irmãos, tios e avós, são nada menos do que pessoas que conhecem pessoas. A rede evolui nos anos da escola, seja através dos amiguinhos ou dos professores. Ela continua ao longo da faculdade, crescendo em cada experiência profissional ou extracurricular. Todas as pessoas que conhecemos ao longo de nossa vida, com maior ou menor intimidade e em qualquer papel que desempenhamos, formam a nossa rede de relacionamentos.
O grande erro é deixar essa rede de escanteio durante anos, e ao precisar de alguma coisa (como mudar de trabalho) fazer um contato “do nada” e dizer alguma coisa do tipo “Tudo bom? Posso te mandar meu currículo pra você espalhar por ai?”.
Um contato ou outro pode até dar andamento na tarefa recebida, mas a maioria se sente usado. Não é preciso ir muito longe, basta pensar em como você se sentiria se alguém com quem você não conversa há anos te procurasse com um pedido desses. Por isso, a rede de relacionamento deve ser visitada, tratada, irrigada e nutrida periodicamente.
Se você precisa de números, apenas 30% das vagas do mercado estão nas mãos dos headhunters e empresas de recrutamento. Os outros 70% são preenchidos através de indicações que surgem nas redes de relacionamento.
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