Comunidade não aceitou promessa de construir poços em até 60 dias.

Indígenas rejeitam proposta e mantêm bloqueio da MS-156 entre Dourados e Itaporã
Comunidade não aceitou promessa de construir poços em até 60 dias. / Foto: Dourados Informa

Entra no terceiro dia, nesta quarta-feira (27), o bloqueio da MS-156 por moradores das aldeias Bororó e Jaguapiru, entre Dourados e Itaporã. A comunidade cobra medidas imediatas para acabar com a falta de água na reserva, a mais populosa de Mato Grosso do Sul, com pelo menos 20 mil habitantes.

Nesta terça-feira (26), os indígenas rejeitaram a proposta de perfurar poços artesianos nas aldeias nos próximos 60 dias. Além de exigirem o início das obras imediatamente, eles consideram pouco o valor de R$ 250 mil viabilizado pela Secretaria Estadual da Cidadania.

Segundo eles, o montante não seria suficiente nem mesmo para perfurar dois poços de 50 metros de profundidade. Entretanto, não houve consulta técnica aprofundada para confirmar os custos da obra.

O governo estadual também assinou documento se comprometendo a articular com a Sanesul a entrega diária de quatro cargas de água em caminhão-pipa, de segunda à sexta. As lideranças das aldeias chegaram a assinar o acordo, mas a maioria dos manifestantes decidiu pela manutenção dos bloqueios.

Eles pedem que governos federal, estadual e as prefeituras de Dourados e Itaporã assinem compromissos formais para o envio de caminhões-pipa e para execução das obras de perfuração dos poços. Além da MS-156, trechos do anel viário de Dourados também estão bloqueados.