A alta não se limitou apenas no preço do leite, pois os derivados do leite também tiveram aumento, que chegou em até 22%, como no caso da mussarela, que saltou de R$ 22,00 para R$ 27,00 o quilo.
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impactou diversos setores da economia e na indústria laticínia de Mato Grosso do Sul não foi diferente. Com o fechamento das fronteiras para prevenir a proliferação do vírus entre os países e, dessa forma, diminuir o contágio, o valor do dólar frente ao real sofreu uma alta expressiva e o resultado foi uma redução significativa nas importações brasileiras de leite.
Em decorrência disso, os valores cobrados pelo litro do leite em todo o Brasil sofreram um reajuste e, no Estado, essa majoração chegou a 18%, conforme levantamento realizado pelo Silems (Sindicato das Indústrias Laticínias de Mato Grosso do Sul) junto aos principais laticínios do Estado. O aumento do litro do leite de saquinho, popularmente conhecido como “barriga mole”, chegou a 18%, saindo dos R$ 2,69 cobrados no início da pandemia mundial do novo coronavírus ainda em março para R$ 3,19 no fim do mês de junho.
A alta não se limitou apenas no preço do leite, pois os derivados do leite também tiveram aumento, que chegou em até 22%, como no caso da mussarela, que saltou de R$ 22,00 para R$ 27,00 o quilo. “Com a pandemia, vivemos um momento de incertezas nos meses iniciais, com uma queda muito grande na demanda por leite devido ao fechamento das escolas, que costumavam ser grandes consumidoras por causa da merenda das crianças, e dos bares e restaurantes, que também consomem muitos derivados”, detalhou a presidente do Silems, Milene Nantes.
A líder empresarial acrescenta que, com essa queda, a indústria laticínia passou a produzir menos e os produtores de leite também reduziram as rações para acompanhar no campo essa mesma redução. Milene Nantes explica que, como ainda não era esperada a diminuição das importações, a preocupação era em minimizar os prejuízos com a queda no consumo. “No entanto, com a reabertura do comércio e de bares e restaurantes, o consumo voltou a subir e a demanda pelo leite, que teve a produção reduzida, aumentou”, revelou.
De acordo com a empresária, o segmento ainda vive um período de entressafra, o que faz com que a oferta do leite seja ainda menor. “Todos os anos, no período seca, é comum um aumento nos preços do leite em Mato Grosso do Sul. Esse aumento é sazonal e acontece todos os anos devido ao período de estiagem, em que a quantidade de chuvas é menor, reduzindo as pastagens, que servem de alimento para o gado. Com menos alimento, o gado tende a produzir menos leite. Geralmente registramos um aumento de 5% a 10%, mas como estamos vivendo um ano atípico, esse reajuste foi um pouco maior este ano”, finalizou.
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