Integrante da inteligência afirmou que o governo israelense estava focado na situação na Cisjordânia.
Uma autoridade da inteligência do Egito afirmou à agência de notícias Associated Press que Israel ignorou alertas de que o Hamas estava planejando "algo grande" em Gaza, diz antes da ação que teve início no sábado (7) e deixou, até aqui, cerca de 1.500 mortos, entre israelenses e palestinos.
"Alertamos que uma explosão da situação está chegando muito em breve e seria grande. Mas eles [Israel] subestimaram tais avisos", disse a autoridade, que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado a discutir o conteúdo de discussões sensíveis de inteligência com a imprensa.
O gabinete do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, negou as afirmações sobre supostos alertas.
O integrante da inteligência egípcia também disse que o governo israelense estava focado na situação na Cisjordânia, motivo pelo qual teria ignorado os avisos de que uma grande operação partindo da Faixa de Gaza estaria prestes a acontecer.
A coalizão que sustenta o premiê Binyamin Netanyahu no poder é a mais à direita da história de Israel e a favor da ocupação da Cisjordânia por colonos do país, foco crescente de tensões na região, que motivaram recentemente a maior incursão militar de Israel no território em 20 anos.
De acordo com o site Ynet, reproduzido pelo jornal israelense The Times of Israel, um dos alertas foi dado pelo ministro-geral da inteligência egípcia em telefonema direto a Netanyahu, apenas dez dias antes do ataque iniciado neste sábado (7), em que teria avisado sobre uma "algo incomum, uma operação terrível".
Segundo os sites, as autoridades egípcias, também sob anonimato, disseram ter ficado em choque com a indiferença com que o premiê israelense teria tratado os alertas.
Em comunicado, o gabinete do premiê classificou as informações como "mentira completa". "Nenhuma mensagem prévia chegou do Egito e o primeiro-ministro não falou ou se encontrou com o chefe da inteligência desde o início do governo, direta ou indiretamente. Isso é completamente fake news", diz o governo.
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