Convênio impera desde 2009 e foi investigado pelo MPE-MS.

JBS irá repassar R$ 4 milhões para Prefeitura atuar em fiscalizações

A Prefeitura de Campo Grande irá receber ao longo do ano mais de R$ 4 milhões de recursos de dois convênio com o grupo JBS e suas duas unidades na Capital.

É o que mostram duas publicações de uma edição extra do Diogrande desta terça-feira (6). As publicações informam do prolongamento dos convênios já existentes entre a Prefeitura e a JBS pelo período de mais um ano.

Ambos os convênios foram assinados em janeiro de 2017, dois dias após o início da gestão do prefeito Marquinhos Trad (PSD). A princípio, o valor dos convênios era de R$ 1,5 milhão.

Os convênios preveem o “repasse de recursos financeiros ao proponente [Prefeitura] com a finalidade de fomento ao desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia, agronegócio, pesca e aquicultura”.

Um dos convênios aditivados possui valor de R$ 2,7 milhões, enquanto o outro tem R$ 1,2 milhões. Eles foram assinados pelos responsáveis das unidades da JBS de Campo Grande, Bruno Cézar Limiere e Luciana Ubaldina Ribeiro.

Em maio do ano passado, o MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) afirmou que iria investigar os convênios, no Núcleo de Corrupção da Procuradoria, porém não instaurou procedimento sobre o caso.

Prefeitura
De acordo com a Prefeitura, o convênio existe desde 2009. Em janeiro de 2017, ele foi renovado após ter vencido, com ciência do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Os recursos seriam utilizados no estudo da cadeia produtiva de carne na capital, além de treinamentos de técnicos do agronegócio e acompanhamento da agricultura familiar.

Ao todo, a Prefeitura irá receber R$ 334 mil por mês para financiar os serviços. Os valores serão utilizados também na emissão do SIM (Serviço de Inspeção Municipal), que fiscaliza as unidades frigoríficas de Campo Grande.